19 março 2015

HORIZONTE NO BRASIL AMANHECEU COM DIMENSÕES REDUZIDAS

Depois do que foi visto nas ruas do País, no último domingo, 15/03/2015, seguiram-se, em profusão, pronunciamentos desastrosos de membros do governo e da própria presidente. Panelaços também. Nenhuma medida concreta ao encontro das manifestações ouvidas nas ruas. Oportunidades e espaços para tal existem em grande escala.

Entretanto, o que recebemos, como ápice imaginado pelo governo, foi o lançamento de um pacote anticorrupção. Imediatamente ao seu anúncio, nas redes sociais, pipocaram artigos e outras manifestações dando conta de que tais medidas não passavam de ações requentadas. O denominaram de mais "embromation" e relembrado o ato semelhante ocorrido no governo Lula após a Nação tomar conhecimento do mensalão.

Na mesma direção, o País foi surpreendido, na 3a. feira à noite, com a aprovação do Orçamento da União para 2015 pelo Congresso Nacional. Foi um coice na cara da população brasileira, revoltante mesmo, a sua decisão de triplicar o valor do Fundo Partidário, passando de R$ 289 milhões para R$ 867 milhões anuais. Convenhamos, todos sabem que não há partidos políticos no País, apenas um rosário de siglas que usam e abusam dos recursos públicos. Um verdadeiro deboche com os brasileiros.

E antes de acabar a semana, ainda em sua 4a. feira, tomamos conhecimento da análise realizada pelo Senado, sobre o documento e procedimentos da SECOM(Secretaria de Comunicação da Presidência da República), tendo concluído pela necessidade de convocação do Ministro à comparecer ao Senado por terem sido cometidos crimes previstos no CPC.

No balanço das pesquisas, embora na 3a. (17) o Datafolha tenha publicado que 70% da população presente na avenida Paulista, no domingo (15), pertencia ao andar de cima do estrato social, no dia seguinte, com 62% de reprovação da presidente, constatou-se que os andares da pirâmide social de eleitores se misturaram. Foi uma ducha de água fria no Palácio do Planalto.

Por último, já no final da noite, havia uma certa expectativa de que a entrevista que seria concedida pelo Vice-Presidente da República, à GloboNews, traria uma luz que estenderia, clarearia um pouco os horizontes do Brasil. Não foi o que aconteceu. Continuamos com um horizonte bastante escuro.