Os brasileiros, em sua maioria, estão repudiando os pronunciamentos de todos aqueles que se solidarizaram com os bandidos mortos na operação desta terça-feira no RJ. Hoje foi a vez do ministro Fachin, presidente do STF. Fachin qualificou o episódio como uma “tragédia” e declarou que a Corte acompanhará o caso “com a discrição e sobriedade necessárias”.... Na quarta-feira, no mesmo tom, a voz foi de Gilmar Mendes.
Algumas dessas manifestações optaram por atacar a operação do RJ, dizendo “não ser normal” uma ação da polícia que resulte na morte de faccionados que reagiram com alto poderio bélico.

Um estado de anormalidade pede por soluções não convencionais, também. A mentalidade por trás dos que assim se manifestaram e de muitos dos nossos políticos, produziu o Narco Brasil em que vivemos hoje. E se não acordarmos, perderemos as rédeas de uma forma irrecuperável.
Não foi por falta de aviso. Em 1976 já se previa que os narcotraficantes ocupariam as favelas e delas executavam suas operações até a beira-mar. No começo dos anos 1980, o então governador Leonel Brizola praticamente proibiu operações policiais nas favelas cariocas — rebatizadas por ele de “comunidades”. O resultado: explosão populacional em áreas de alto risco e fortalecimento das organizações criminosas.
ResponderExcluirOs moradores se tornaram reféns. A omissão do poder público fez com que o Comando Vermelho, organização majoritária no RJ, se espalhasse por 24 dos 26 Estados brasileiros.
Quarenta anos depois, o ministro Edson Fachin, decidiu limitar operações policiais nesses locais a casos “absolutamente excepcionais” e proibiu sobrevoos de helicópteros no espaço aéreo dessas comunidades. Resultado: os morros do Rio foram transformados em zonas de exclusão.
Há poucos dias, durante uma viagem à Indonésia, Lula resumiu sua nova tese sobre segurança pública: “Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”.
No momento atual, os militantes de esquerda se aliaram aos criminosos. Eles também exigem a prisão do governador Cláudio Castro.