O
procurador do Ministério Público junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira,
ouvido ontem na comissão especial do impeachment no Senado como uma das
testemunhas indicadas pela acusação, afirmou que Dilma cometeu uma “fraude
democrática” ao estabelecer e permitir medidas econômicas que embaçavam a
realidade das contas públicas do País.
“Tudo
isso leva a uma dúvida sobre o compromisso do governo em ter uma postura
coerente e correta para sustentação da dívida, porque se ela perde o controle
os agentes econômicos serão penalizados, sofrerão em algum momento um prejuízo
seja por uma reestruturação da dívida, seja por uma inflação fora de controle,
algum ajuste acaba sendo feito, então o artifício das pedaladas que levou a uma
expansão insustentável do gasto público está na raiz da profunda crise”,
declarou.
O
procurador disse ainda “não ter dúvidas” de que há uma relação direta entre a
maquiagem nas contas públicas e a crise econômica no país. A realização de tais
feitos provocou “danos aos alicerces da economia brasileira que podem levar
anos para serem recuperados”.
Tais
afirmações ocorreram no mesmo dia em que o novo ministro da fazenda, Henrique
Meirelles, declarava que o Brasil enfrenta a pior crise de sua história. “Estamos vivendo a crise
mais intensa da história do Brasil. Vamos aguardar, mas não será surpresa se a contração deste ano for a mais intensa desde que PIB começou a ser medido no
início do século 20, até maior do que nos anos 30".
Não
é difícil se concluir, portanto, que para o Pais retornar a superfície do poço em que se
encontra, levará, se não ocorrerem atropelos na subida, pelo menos uns dez anos.
Os mais antigos sabem bem o que significa “uma década perdida” e os mais novos
poderão entendê-la ao se debruçarem, ao vivo, sobre o que foram os treze anos
de governo do PT, recém-findos, graças a Deus.
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