21 novembro 2017

ESTANCAR A SANGRIA

Logo após a posse do novo diretor da Polícia Federal, ganhou manchetes o estarrecimento dos articulistas da grande imprensa, dos blogueiros e da população em geral, provocado pelo conteúdo dos pronunciamentos e entrevistas do novo titular, especialmente quando afirmou "Se fosse sob a égide da Polícia Federal, a investigação que implica o presidente Michel Temer teria de durar mais tempo". 

"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", disse Segovia.

Sem surpresa para os seus padrinhos, pois era tudo o que desejavam ouvir do mais recente afilhado indicado para assumir uma função no atual governo.

É pertinente lembrar que Fernando Segovia foi ungido por indicação de políticos delatados, como Eliseu Padilha e José Sarney, ambos do PMDB.

Do lado de fora do Planalto e também Brasil afora, era tudo o que os brasileiros não queriam ouvir. Estes estão cansados e horrorizados com a história do PMDB, desde a redemocratização do País, em 1985. Uma herança deixada em seus mais de 30 anos no poder, que tem levado o País para o abismo e para um mar de corrupção.

Jamais o partido poderá se eximir de um legado rico em acrobacias econômicas e negociatas, incluindo-se aí os acertos, ainda em 2002, para eleição do ex-presidente Lula e sua participação nos governos do PT.

No momento atual, praticamente todas as suas lideranças e mais acentuadamente aquelas que estão ocupando (ou ocuparam) postos e cargos no sistema político de governo, são citadas, investigadas e algumas já até denunciadas por corrupção.

Aos brasileiros não restam dúvidas, não há mais suspeitas, após os pronunciamentos, de que Segovia foi nomeado para "estancar a sangria" da Lava Jato, conforme desejo das lideranças do partido ouvidas em gravações que vieram à público. 

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