"Uma sociedade não funciona bem e uma democracia se torna disfuncional quando cidadãos sentem que o sistema é viciado e que alguns poucos têm acesso a privilégios." Passados mais de 30 anos de sua redemocratização, o Brasil é o exemplo perfeito dessa afirmação, sob qualquer ângulo que se queira observar: da política, da educação, da saúde, da segurança, da mobilidade, etc.
A disfuncionalidade registrada no nosso sistema político, é oriunda do domínio de ferro das oligarquias que se faz presente desde a Primeira República. Mudam os nomes, mas não mudam nem a lógica, nem a prática. Nos tempos mais recentes, é exercida pelos partidos da chamada velha política, onde o presidencialismo de cooptação e o capitalismo de compadrio deitam e rolam, nadam de braçada.
Como resultado, reina no País uma enorme desigualdade entre os seus habitantes, que atingiram níveis inaceitáveis, são uma ameaça concreta à democracia e a convivência civilizada. E, com esse sistema, no qual menos de 1% da população controla o País, a Nação não terá nem estabilidade política e nem crescimento econômico duradouro.
Não há soluções fáceis, mas uma delas está na necessidade de que os políticos velhos abram espaço para a participação de novos partidos e de novos nomes no debate público.
As eleições de 2018 estão se aproximando. De forma pragmática, parece não haver nenhuma dúvida de que a velha política, minada pela corrupção, insensível às necessidades e demandas das pessoas comuns, continuará dominando e sendo dominada pelo poder econômico e os eleitores permanecendo em segundo plano.
Portanto, entre as opções disponíveis, não será surpresa se o número de votos nulos, brancos, como também o de eleitores ausentes, nas próximas eleições, seja elevado, conforme vão demonstrando as pesquisas de opinião. Tais números, por si só, já representam uma rejeição à velha política.
Uma outra opção, é o eleitor não votar nem em candidatos e nem em partidos da velha política, na busca pela (re)construção de confiança entre o eleitor e um novo poder, rejeitando aqueles que estiveram no poder nos últimos trinta anos.
RENOVAÇÃO JÁ !
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