A ocupação da Amazônia é assunto presente em muitos grupos nas redes sociais. O tema, foi/é objeto de imensa discussão no Brasil e no exterior, particularmente sobre a sua eventual internacionalização. Tal discussão trouxe aos brasileiros, independente de suas preferências partidárias e/ou ideológicas, manifestações de união na defesa da Pátria. Mexeu com o Brasil, mexeu comigo.
No bojo de várias manifestações, tornou-se evidente a divulgação de muitas notícias e dados que não correspondem a nossa realidade.
Após algumas buscas optamos por divulgar as informações da coleção de dados do MapBiomas, iniciativa de universidades, empresas de tecnologias e organizações não-governamentais que mapeia todas as mudanças na cobertura e no uso da terra no País. A figura a seguir resume a evolução ocorrida entre 1985 e 2017. O estudo foi realizado utilizando imagens do satélite Landsat, da Nasa.
Analisando esses números e feitas algumas contas, nelas incluindo o crescimento populacional brasileiro e o da nossa economia no período, não nos assustamos. Temos 67,8% de nosso território coberto com vegetação nativa. Não é pouca coisa se compararmos com outros países do resto do mundo.
Nesse período, mais de 30 anos, os dados sobre a perda (76Mha) de florestas naturais/outros tipos de vegetação, aproximam-se de 13/10% respectivamente, contra o aumento de 48% de área destinada à agropecuária (por aproveitamento de áreas sem derrubadas de florestas). Na agricultura a área utilizada cresceu de 18Mha para 54Mha, 3 vezes mais, em todo o País. Já os dados relativos aos processos de mineração e/ou urbanização alcançam apenas 10% da área desmatada.
Nesse período, mais de 30 anos, os dados sobre a perda (76Mha) de florestas naturais/outros tipos de vegetação, aproximam-se de 13/10% respectivamente, contra o aumento de 48% de área destinada à agropecuária (por aproveitamento de áreas sem derrubadas de florestas). Na agricultura a área utilizada cresceu de 18Mha para 54Mha, 3 vezes mais, em todo o País. Já os dados relativos aos processos de mineração e/ou urbanização alcançam apenas 10% da área desmatada.
Como dissemos acima, esse quadro não é assustador. Porém isto não significa que os brasileiros e, especialmente, o poder público, em todos os níveis, não devam estar atentos ao tema e formulando políticas adequadas ao setor, bem como executá-las e fiscalizá-las em todos os níveis de gestão.
Entretanto, o número de área desmatada e abandonada atinge cerca de 30% dessa perda, - é aqui que o bicho pega - portanto, é o que deve ser urgentemente combatido. Tal número explicita a retirada de madeira nobre e/ou outras atividades ilegais deixando para trás a devastação. Corrupção, formação de quadrilha, trabalho escravo, violência, grilagem, roubo de madeira. O desmatamento ilegal da Amazônia se insere em um conjunto de crimes que vai muito além do ambiental e envolve custos – e ganhos – milionários, revelaram as investigações da força-tarefa Amazônia, do Ministério Público Federal, demonstrando que há elaboradas organizações criminosas por trás do problema. Nesse processo, as queimadas são apenas a sua face mais visível.
Esperanças à vista
Nesse sentido, o conteúdo da reunião ocorrida, no início da semana, entre o presidente da República e os governadores da região é animador. Mostrou o que precisa ser feito ao longos dos próximos anos. Entre os pontos mencionados destacamos o que disse o governador do Pará, com respaldo dos demais governadores. São eles:
Entretanto, o número de área desmatada e abandonada atinge cerca de 30% dessa perda, - é aqui que o bicho pega - portanto, é o que deve ser urgentemente combatido. Tal número explicita a retirada de madeira nobre e/ou outras atividades ilegais deixando para trás a devastação. Corrupção, formação de quadrilha, trabalho escravo, violência, grilagem, roubo de madeira. O desmatamento ilegal da Amazônia se insere em um conjunto de crimes que vai muito além do ambiental e envolve custos – e ganhos – milionários, revelaram as investigações da força-tarefa Amazônia, do Ministério Público Federal, demonstrando que há elaboradas organizações criminosas por trás do problema. Nesse processo, as queimadas são apenas a sua face mais visível.
Esperanças à vista
Nesse sentido, o conteúdo da reunião ocorrida, no início da semana, entre o presidente da República e os governadores da região é animador. Mostrou o que precisa ser feito ao longos dos próximos anos. Entre os pontos mencionados destacamos o que disse o governador do Pará, com respaldo dos demais governadores. São eles:
"... a necessidade: a) do estabelecimento do processo de regularização fundiária da região; b) da criação de um estimulo à adequação ambiental; c) da criação de uma fórmula para o que é obrigação a partir das propriedades regularizadas, criando-se uma meritrocracia para quem preservar o meio ambiente; e d) da construção de um plano conjunto para fazer um pacote que possa conter o desmatamento e os focos de incêndio e, especialmente, construir um horizonte sustentável de desenvolvimento que demonstre efetivamente que a Amazônia compatibiliza a preservação da floresta com o desenvolvimento." Mais detalhes de cada um desses itens estão no vídeo citado no link do parágrafo anterior.
Enfim, o que se ouviu, até então, nas ruas e nos gabinetes, é que a Amazônia é nossa e precisa ser ocupada pelos brasileiros, obviamente com a exploração inteligente de suas riquezas e preservação de suas florestas.
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