15 dezembro 2019

EDUCAÇÃO JÁ E PARA SEMPRE !

O Brasil teve uma leve melhora em seus resultados, mas 4 em 10 alunos não aprendem nem o nível básico, ou seja, 4 em cada 10 adolescentes não conseguem identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver problemas com números inteiros, entender um experimento científico simples. O País também se mantém entre as últimas colocações do ranking internacional nas três áreas avaliadas, Leitura, Matemática e Ciência. E ainda é uma das nações com maior diferença de desempenho entre estudantes ricos e pobres. A China, representada pelas províncias de Pequim, Shangai, Jiangsu e Zhejiang, ficou em primeiro lugar dos rankings mundiais das três áreas. 

Tais resultados demonstram que não foram levadas a sério  a Lei de Diretrizes e Bases de 1961 nem uma mensagem de um ex-presidente da República encaminhada ao Congresso Nacional, há mais de 50 anos, na qual se ler que uma verdadeira democracia só se alcança quando todos os cidadãos, sem nenhuma distinção, tiverem acesso a uma educação de qualidade.
A LDB/1961, estabeleceu escola pública, universal, gratuita e laica para todos os brasileiros. O ensino dela decorrente, deveria estar sintonizado com amplo projeto político e liberal, onde o mérito deveria ser o mais essencial critério de progresso do individuo e o método de impulsão e de produtividade de toda a sociedade.

Há 29 anos o PIB brasileiro era superior ao da China
em US$ 102 bilhões  (462 x 360). Ao longo desse período, vimos aquele país nos igualar e, rapidamente, nos ultrapassar, tornando-se a segunda economia mundial neste momento. Se, pelo menos, tivéssemos acompanhado a média do crescimento global, o nosso PIB seria 76% maior do que o valor atual.


Há medidas propostas para se vencer esse fosso nas próximas décadas. Mas para que não percamos mais 50 anos é preciso que o País, nossos dirigentes em todos os níveis, mudem de atitude rapidamente para que se implementem, sem interrupção essas propostas.

Uma delas estabelece que nos próximos dois anos as escolas brasileiras devem ser reformuladas para dar início, em 2022, ao novo ensino médio, cujo eixo é a educação centrada no aluno, em seus interesses, suas habilidades e na construção de seu projeto de vida.

Chamada de "Construção Coletiva de Propostas para o Ensino Médio", foi elaborada a partir de uma parceria entre a Faculdade de Educação da USP, a ONG de empreendedorismo social Ashoka e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, formada por uma rede de entidades da sociedade civil.

O objetivo é contribuir para que seja eficiente e democrática a implementação das mudanças exigidas por lei no ensino médio. Dentre as 27 propostas apresentadas, entre as principais estão a ampliação da carga horária, que deve gradualmente caminhar para o ensino integral, e a formação de currículos baseados em intinerários, a serem escolhidos pelos estudantes, com participação ativa na elaboração dos projetos pedagógicos (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas, formação técnica e profissional).

11 dezembro 2019

PLATÃO SOBRE O NÚMERO DOS HOMENS FAMOSOS

"Aquele que jamais busca números em coisa alguma, não será ele próprio contado dentre o número dos homens famosos."

Platão em Philebus, 17. Citado por Nicholas Georgesen em "A critique of statistics in relation to social phenomena". Revue Internationale de Sociologie, vol. V, no. 3, 1969, p. 42.