29 fevereiro 2020

OS MARES NÃO ESTÃO TRANQUILOS

“Os mares não estão tranquilos, porque vídeos são divulgados, incandescem as redes sociais, as pessoas não raciocinam sobre aquilo que estão escrevendo, emoções são colocadas à flor da pele”. O vice-presidente Hamilton Mourão lembrou ainda com todas as letras: “Isso será superado com a tríade clareza, determinação e paciência. Fazer do Brasil a mais vibrante e mais próspera democracia liberal do Hemisfério Sul. Aqui, ninguém está atentando contra a democracia”.

As palavras do vice-presidente são respostas a não ocorrência da desidratação política desejada pelos eleitores nas últimas eleições. A doença permanece, especialmente no Congresso Nacional. 

A metástase na política brasileira sobrevive.  Torna-se, portanto, necessária e urgente, a aplicação de uma forte "dose de quimioterapia" para curá-la e expulsar os responsáveis que provocaram essa metástase NOS TRÊS PODERES. Algum dia ela será debelada, incluindo seu tumor primário? DESCONFIO QUE NÃO. Ela sobrevive desde que Cabral aqui aportou. 

Hoje li mais uma comprovação disso nas páginas amarelas da Veja, desta semana, dita por um inteligente corrupto de prestígio e bilionário (patrimônio de 12 bi), condenado a 26 anos de cadeia, mas que já cumpre prisão semi-aberta após cumprí-la apenas 4 anos em regime fechado e já no final deste ano segue para o regime aberto. Na entrevista se ver , por exemplo, que um famoso ministro da justiça que ficou na posição por 8 anos era corrupto, atendendo a um modelo brasileiro do agrado de quem manda neste País: empresários e políticos corruptos.

Notícias publicadas têm dado conta de que o presidente da Câmara dos Deputados - o Botafogo - está em visita oficial à Espanha conversando com políticos locais e com o próprio rei Felipe VI sobre parlamentarismo e as relações bilaterais entre aquele país e o Brasil, com uma postura digna de um verdadeiro primeiro-ministro. 

Esse é um tipo de parlamentarismo branco, que mandachuvas do Congresso e do STF querem enfiar goela abaixo do Bolsonaro em resposta ao presidencialismo de coalizão por ele desprezado. 

Do outro lado da praça, o percentual de doentes graves é maior. Basta ver a última declaração do Pavão do Tatuí. Cem anos depois de Rui Barbosa, os brasileiros têm de consolar-se com Celso de Mello e com políticos do naipe do Botafogo?

Uma sociedade não funciona bem e uma democracia se torna disfuncional quando cidadãos - DE BEM - sentem que o sistema continua doente e viciado.


10 fevereiro 2020

BRASÍLIA ESTÁ SUPERPOVOADA

Brasília está superpovoada. Mas outra coisa a habita: os parasitas. Não daqueles aos quais o Ministro Paulo Guedes se referiu recentemente durante evento no Rio de Janeiro, que não o são nem na Capital Federal nem no Brasil. Mas sim de grupos e/ou classes (que o Ministro sabe exatamente quais são mas não quis dizer) que devoram as vísceras não só de Brasília mas que se alimentam também do Brasil, consumindo suas entranhas e regurgitando o que sobra para o povo. Os custos de funcionamento do Congresso Nacional, das demais casas parlamentares e dos tribunais de nosso País falam por si só. A esses custos, somam-se aqueles provenientes do desvio de recursos em atos de corrupção, como os mostrados pela Lava Jato  que explicitou as faces daqueles mais perigosos.

Conferir os benefícios de inativos alcançados por políticos, ministros, juízes e outros integrantes das altas cúpulas do Estado, de tão diferenciados para cima, é um exercício de humilhação para o cidadão comum e uma certeza de que a desigualdade e a concentração de renda são características históricas que herdamos e que se estendem por toda a vida. “Leis em favor dos reis se estabelecem; em favor do povo, só perecem”, já afirmava, há mais de cinco séculos, o maior poeta da nossa língua, Luís de Camões (1524-1580). Pela decisão do STF, semana passada, de acabar com a reaposentação e, anteriormente, com a desaposentação, mostra que o presente é, entre nós, uma extensão natural do passado. 

A bem da verdade, o termo inativo serviria apenas para a grande maioria de aposentados deste país, que, por seus proventos minguados, se transformam em brasileiros inativados para a vida, incapazes de sobreviver com dignidade, desligados das benesses que teriam direito ao fim de décadas de labuta e tornados, por força das cruéis circunstâncias atuais, em cidadãos de terceira classe e, como tal, um estorvo para o sistema moedor de dignidades.

07 fevereiro 2020

A MATEMÁTICA CONTINUA ENCANTANDO OS SEUS AMANTES

Em recente matéria publicada no NYT, um professor revelou um truque para resolver equações de segundo grau. O novo método se utiliza da ideia dos gráficos para chegar ao resultado. 
Existem duas formas tradicionais para resolver essas equações, que possuem a base ax² + bx + c = 0. A primeira é adotada quando o valor de "a" é 1. Neste caso, é possível transformar a equação em (x - r)(x - s) = 0, de forma que multiplicar (x - r)(x - s) = x² - (r + s)x + r.s, sendo "r" e "s" as respostas.
A outra, mais conhecida, é a Fórmula de Bhaskara, fórmula esta que, ainda hoje, assusta muitos alunos do ensino fundamental e, em épocas passadas, a do meu tempo de ginásio. Muitas vezes os alunos questionam qual a utilidade prática da equação do segundo grau. Alguns, fora da sala de aula, até criam memes questionando-a. Na Internet existem vários exemplos de uso quotidiano dessa equação, desde casos práticos do cidadão comum que ocorrem, por exemplo, em consultórios médicos, até os mais complexos como o cálculo de trajetórias de projéteis em movimento.
O novo método, divulgado no NYT, parte do principio de que uma equação de segundo grau produz uma parábola que, por sua vez, possui um eixo de simetria. Desta forma, as duas soluções são os pontos nos quais a parábola cruza o eixo horizontal. Esses pontos possuem a mesma distância para o eixo de simetria. Veja abaixo o exemplo citado no NYT.



PS.: 17 equações que mudaram o mundo