“Os mares não estão tranquilos, porque vídeos são divulgados, incandescem as redes sociais, as pessoas não raciocinam sobre aquilo que estão escrevendo, emoções são colocadas à flor da pele”. O vice-presidente Hamilton Mourão lembrou ainda com todas as letras: “Isso será superado com a tríade clareza, determinação e paciência. Fazer do Brasil a mais vibrante e mais próspera democracia liberal do Hemisfério Sul. Aqui, ninguém está atentando contra a democracia”.
As palavras do vice-presidente são respostas a não ocorrência da desidratação política desejada pelos eleitores nas últimas eleições. A doença permanece, especialmente no Congresso Nacional.
A metástase na política brasileira sobrevive. Torna-se, portanto, necessária e urgente, a aplicação de uma forte "dose de quimioterapia" para curá-la e expulsar os responsáveis que provocaram essa metástase NOS TRÊS PODERES. Algum dia ela será debelada, incluindo seu tumor primário? DESCONFIO QUE NÃO. Ela sobrevive desde que Cabral aqui aportou.
Hoje li mais uma comprovação disso nas páginas amarelas da Veja, desta semana, dita por um inteligente corrupto de prestígio e bilionário (patrimônio de 12 bi), condenado a 26 anos de cadeia, mas que já cumpre prisão semi-aberta após cumprí-la apenas 4 anos em regime fechado e já no final deste ano segue para o regime aberto. Na entrevista se ver , por exemplo, que um famoso ministro da justiça que ficou na posição por 8 anos era corrupto, atendendo a um modelo brasileiro do agrado de quem manda neste País: empresários e políticos corruptos.
Notícias publicadas têm dado conta de que o presidente da Câmara dos Deputados - o Botafogo - está em visita oficial à Espanha conversando com políticos locais e com o próprio rei Felipe VI sobre parlamentarismo e as relações bilaterais entre aquele país e o Brasil, com uma postura digna de um verdadeiro primeiro-ministro.
Esse é um tipo de parlamentarismo branco, que mandachuvas do Congresso e do STF querem enfiar goela abaixo do Bolsonaro em resposta ao presidencialismo de coalizão por ele desprezado.
Do outro lado da praça, o percentual de doentes graves é maior. Basta ver a última declaração do Pavão do Tatuí. Cem anos depois de Rui Barbosa, os brasileiros têm de consolar-se com Celso de Mello e com políticos do naipe do Botafogo?
Uma sociedade não funciona bem e uma democracia se torna disfuncional quando cidadãos - DE BEM - sentem que o sistema continua doente e viciado.