19 maio 2020

COVID-19: AS PROMISSORAS NOTÍCIAS SOBRE O SURGIMENTO DA VACINA

A indefinição em torno do isolamento social em diferentes países e o temor por novas ondas da Covid-19 em nações que já superaram o pico da doença lançam grandes expectativas em torno de uma vacina capaz de imunizar populações inteiras contra o coronavírus.
Um imunizante seria a única forma de garantir o retorno seguro às atividades rotineiras, uma vez que nem mesmo o tempo de duração da imunização de pacientes curados é consenso na comunidade científica.
Especialistas ponderam que o prazo para uma vacina eficaz chegar às prateleiras deve ser de um ano, enquanto, normalmente, levariam uma década. Governos como o dos Estados Unidos, por outro lado, têm prometido acelerar ainda mais esse processo, sem apresentar, no entanto, garantias de que isso ocorrerá.
A divulgação de um levantamento do banco de investimentos Morgan Stanley que mapeou 110 pesquisas em busca de uma fórmula imunizante e identificou seis vacinas promissoras em curso, ganhou a manchetes da maioria das empresas de comunicação, principalmente nos meios digitais.
O relatório avaliou como promissoras vacinas candidatas com os prazos mais adiantados e cujas empresas têm mais capacidade de ampliar a escala de produção para além de 500 milhões de doses.
Na lista de seis fórmulas constam desde trabalhos com tecnologia mRNA quanto vetores de vírus, como o adenovírus:
CanSino Biologics 1
Batizada de Ad5-nCoV, a vacina usa o mesmo vetor de uma fórmula aprovada para combater o ebola: um adenovírus, considerado um parente inofensivo do vírus do resfriado comum, com o objetivo  de fornecer antígenos que estimulam as respostas imunes do organismo.
A Ad5-nCoV se encontra na segunda fase de testes clínicos desde o mês passado, e foi testada em 500 pacientes até o fim de abril. Segundo o relatório, é esperado que a terceira fase comece no próximo inverno incluindo outros países além da China.
A companhia tem capacidade de produzir milhões de doses e pretende expandir para 100 milhões em 2021.
Oxford/Vaccitech
A vacina candidata, ChAdOx1 nCoV-19, usa um adenovírus de chimpanzé conhecido como ChAdOx1. Ainda está na primeira fase de testes, na qual contemplou 1.102 voluntários entre 18 e 55 anos.
A segunda e a terceira fases, que contemplarão pessoas entre 55 e 70 anos e menores de 18, respectivamente, deverão começar em junho e testarão 5.000 pessoas.
A produção em larga escala começou e a expectativa é que 100 milhões doses sejam produzidas até o fim de 2020. Até o ano que vem, espera-se que haja centenas de milhões disponíveis.
BioNTech/Pfizer
A vacina testada pelas duas empresas, chamada BNT162, é formada a partir da combinação de três formatos de mRNA (ou seja, a inoculação do RNA mensageiro) e dois antígenos.
As duas empresas já tinham uma parceria para a produção de vacinas contra a influenza, firmada em 2018. Os testes clínicos estão em andamento e a expectativa é que centenas de milhões de doses estejam disponíveis no mercado em 2021.
Moderna/NIH
A vacina candidata mRNA-1273 ganhou os holofotes globais na última segunda-feira depois que a Moderna anunciou êxito na imunização de um grupo pequeno de pacientes.
Assim como a fórmula imunizante da BioNTech e da Pfizer, a aposta da companhia americana é a técnica do RNA mensageiro. Os trabalhos são formalmente apoiados pelo National Institutes of Health (NIH), órgão do governo dos Estados Unidos.
Após estudos que apontaram para a segurança da pesquisa, a primeira fase foi estendida para a inclusão de três grupos de adultos entre 55 e 71 anos e outros três de idosos acima dessa faixa de idade, que compõem o chamado grupo de risco.
A segunda etapa contemplará 600 voluntários e foi aprovada pela Food and Drug Administration, agência americana equivalente à Anvisa no Brasil. O planejamento da terceira fase está em fase final e o trabalho prático deve começar a partir de junho.
A Moderna afirma ser capaz de produzir milhões de doses e, recentemente, selou um acordo com a farmacêutica Lonza para ampliar a produção. Até o fim do ano, a pretensão é ampliar a escala em 10 milhões a cada mês até chegar a uma taxa de 1 bilhão de doses por ano na metade de 2021.
Johnson & Johnson
Outra vacina candidata baseada na técnica de adenovírus, a Ad26 Sars-CoV-2 começará os testes clínicos em setembro. A Johnson & Johnson pretende produzir entre 600 milhões e 900 milhões no primeiro trimestre de 2021 e 1 bilhão até o fim do próximo ano. Embora em fase pré-clínica, a fórmula imunizante se encaixou nos critérios da Morgan Stanley. 
Sanofi/GSK
Ainda sem nome, a fórmula pesquisada pelas duas companhas pretende misturar as técnicas de recombinação (uso do vírus inativo) de baculovírus usada na produção da Flublok, uma vacina contra gripe da Sanofi, com a tecnologia de sistemas adjuvantes (substâncias adicionadas a vacinas para aumentar a resposta imune) presente na vacina Shingrix, contra herpes-zóster, da GSK.
Os primeiros testes em humanos devem ocorrer no último trimestre deste ano. A capacidade de produção, segundo as empresas, deverá ser de 1 bilhão de doses por ano até o fim da primeira metade de 2021. Assim como a vacina da Johnson & Johnson, o imunizante está na fase pré-clínica, mas também é visto como promissor.




2 comentários:

  1. Na França, há uma grandes disparidades na taxa de mortalidade de uma região para outra. Em Marselha, cidade onde o epidemiologista Dr. Didier Raoult aplica o tratamento com a hidroxicloroquina nos pacientes com coronavírus chinês, houve 5 vezes menos mortes por milhão de habitantes do que em Paris, informou o France Soir. https://conexaopolitica.com.br/ultimas/marselha-que-usa-o-protocolo-azitromicinahidroxicloroquina-tem-taxa-de-mortalidade-por-coronavirus-5-vezes-menor-que-paris/?fbclid=IwAR0MJ5DQmB71DB37h_maThgw5JroAW9udqyY4nZVkhG_A2it9ajFMyKTMNs

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  2. Excelentes notícias. Que sejam estudos mas são promissores.

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