25 abril 2021

O BRAÇO CHINÊS DE DORIA

(*) Em sua missão de fiscalizar TODOS os poderes e TODOS os poderosos, a revista Crusoé lança luz sobre mais um personagem que orbita em torno de uma figura poderosa. Trata-se de um advogado que mantém relações heterodoxas com o governador João Doria. O advogado é presidente do braço chinês do grupo Lide, de Doria, e atua naquela área de sombra entre interesses privados e públicos que, infelizmente, é uma característica dos políticos nacionais.
Leia um trecho da reportagem da Crusoé:
“ O braço chinês do Lide de Doria opera, na prática, como uma espécie de unidade de negócios do escritório de Marcelo Braga. 

A sede do Lide China fica em São Paulo mesmo, em um portentoso casarão de arquitetura neoclássica no bairro do Jardim América. O imóvel pertence à banca. Além de Braga, o vice-presidente do Lide China, Everton Monezzi, e seu CEO, José Ricardo dos Santos Luz Júnior, também são sócios do escritório de advocacia, que custeia todas as despesas do “negócio da China”, como compra de brindes, contratação de buffet para eventos e o serviço de tradutores. 

A seção oriental do Lide fica com a receita das anuidades pagas pelas empresas filiadas – hoje são 30 companhias – e repassa uma parte do dinheiro à matriz do Lide, onde atua o filho de Doria, pelo uso da marca.
A mistura é flagrante. Crusoé teve acesso a documentos que mostram alguns dos pagamentos recebidos pelo escritório em 2018, que vão de alguns milhares a 2,3 milhões de reais. Na relação, há empresas que possuem concessão de rodovias, uma empreiteira que venceu recentemente a licitação de uma obra do metrô do governo paulista e até pagamentos da TV Bandeirantes, que anunciou no fim de 2019 uma parceria com uma companhia de mídia chinesa em um evento que contou com a presença do próprio João Doria.
A relação inclui os pagamentos feitos pelo PSDB, que continuou pagando consultoria jurídica e alugando o imóvel de Marcelo Braga, que fica a 500 metros da sede do Lide China, mesmo depois da campanha.

Além das transferências feitas pelas empresas, o escritório do presidente do Lide China movimentou grandes quantidades de dinheiro em espécie, segundo o relato de um ex-funcionário que moveu uma ação trabalhista contra a banca justamente por fazer "serviços particulares"para Marcelo Braga.”

(*) Texto do amigo Eury Luna, no FB.

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