25 julho 2021

QUEIMA DE SÍMBOLOS HISTÓRICOS

Um grupo de Esquerda intitulado Revolução Periférica incendiou o monumento em homenagem ao Bandeirante Manuel Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo (SP). Segundo vídeos e imagens publicados pelo próprio grupo no Twitter, o crime ocorreu devido à má fama de Borba Gato. O “crime” cometido pela estátua foi representar o bandeirante paulista Manuel de Borba Gato. Os bandeirantes – entre eles Raposo Tavares, Fernão Dias, Cardoso de Almeida, Anhanguera e outros vários nomes que batizam ruas e rodovias paulistas – foram responsáveis por desbravar o interior do Estado e são agora acusados de escravizar povos indígenas durante essas incursões. Paulo Mathias, apresentador do programa Morning Show, da rádio JovemPan, observou: “Os caras queimam a estátua do Borba Gato e defendem o legado do Che Guevara. Vai entender”.

Está se repetindo, neste momento, o que já vimos no Brasil nos anos 60-70, quando diversos grupos de esquerda foram constituídos e agiram aqui no Brasil sob a orientação de países socialistas, especialmente China, Cuba, URSS e Vietnã, destruindo patrimônios públicos, invadindo propriedades rurais, praticando sequestros de autoridades e promovendo assaltos a bancos e até a residências (cofre do Ademar de Barros).

1960-1970

Inspiradas pelos sucessos revolucionários desses países, surgiram aqui no Brasil: a Política Operária (POLOP), em 1961, e a Ação Popular (AP), em 1962. Também influenciado pela Revolução Cubana, Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas, fundou em 1961 o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT),  que pretendia ser o embrião de uma guerrilha rural. Derrotados em março de 1964, entraram em crise e passaram por um processo de autocrítica, ou melhor, cisões entre esses grupos e no interior do PCB de então.

Entretanto, já entre 1965 e 1969, tais grupos, juntamente com descendentes do PCB, ressurgiram através das seguintes organizações terroristas: Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), Ação Libertadora Nacional (ALN), capitaneada por Carlos Marighella, Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) em SP e Movimento Revolucionário Marxista (MRM) em MG, organizações estas que propunham a resistência armada imediata ao novo governo, exercido por generais. No decorrer da luta armada, surgiram ainda, Comando de Libertação Nacional (COLINA), em MG, o Partido Operário Comunista (POC) no RS; e, em SP, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

1984 - . . .

Com a Nova República já anunciada, mas ainda não implantada, com um ano de antecedência novas organizações começaram a surgir. Dentre elas o MST, cujo objetivo (chegar ao poder), atividades, formas de organização e de operação não diferem muito daquelas do início da década de 60, salvo por dispor de novos meios de comunicação. Treze anos depois surgia o MSTS e milhares de ONGs, que passaram, todas elas, a operarem com dinheiro público em larga escala.

Mais recentemente, anos 2000, a sociedade tem se defrontado com o que está sendo chamado de uma nova Revolução Cultural que tem se propagado e atuado em todo o mundo ocidental, utilizando-se de terror e violência física e virtual, para destruição de todos os pilares da sociedade - cultura, história, família, direitos, religião, educação e linguagem.

Tudo em nome da "defesa da democracia" e "anti-fascismo". O politicamente correto, sintonizado com os interesses do mega-capitalismo e do mao-capitalismo, tentando ocupar todos as 'posições de poder" da nossa civilização.

Queima de símbolos históricos é uma das táticas, "uma ação simbólica importante", como se manifestou o deputado federal do PSOL (e ex-PT), Ivan Valente, de SP.



Num trecho do livro 1984, George Orwell descreve as ações do governo totalitário sob o comando do Grande Irmão: “Todos os registros foram destruídos ou falsificados, todos os livros foram reescritos, todos os quadros foram repintados, todas as estátuas, todas as ruas, todos os edifícios foram renomeados, todas as datas foram alteradas”. 

"Por sorte, aqueles que hoje buscam censurar o passado, não serão lembrados nem como asteriscos nos livros de história." (Branca Nunes).

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