16 outubro 2021

ELEITOR, SAIBA QUEM PODE - E DEVE (?) - DEIXAR O SENADO EM 2023

Alcolumbre, Omar Aziz, Simone Tebet e mais 24 

Num momento em que o Senado vive um de seus piores momentos de sua imagem no cenário nacional, a eleição do próximo ano concede ao eleitor a oportunidade de renovar a sua composição. Ele poderá eleger novos representantes comprometidos com uma pauta de interesse para o desenvolvimento do País e não as particulares de cada um dos senadores.

Em 2022, haverá eleição para um terço das vagas (27 cadeiras), e figuras centrais do atual jogo político precisarão renovar seus mandatos nas urnas ou escolher outros rumos para suas carreiras. Essa turma inclui senadores da CPI da Covid, como o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Simone Tebet (MDB-MS), que mancharam a imagem da Instituição.

Fazem parte ainda desse grupo, cujo mandato termina no próximo ano, o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ex-presidente Fernando Collor (PROS-AL), o líder do governo Fernando Bezerra (MDB-PE), a senadora Kátia Abreu (PP-TO), o ex-governador mineiro Antonio Anastasia (PSD) e o ex-governador do Paraná Alvaro Dias (Podemos), entre outros. Os tucanos Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP) também encerram seus mandatos, mas não devem concorrer mais, por razões pessoais.

Confira a lista completa de senadores cujos mandatos terminam em 2022:

  • Mailza Gomes (PP-AC);
  • Fernando Collor (PROS-AL);
  • Omar Aziz (PSD-AM);
  • Davi Alcolumbre (DEM-AP);
  • Otto Alencar (PSDB-BA);
  • Tasso Jereissati (PSDB-CE);
  • José Reguffe (Podemos-DF);
  • Rose de Freitas (MDB-ES);
  • Luiz do Carmo (MDB-GO);
  • Roberto Rocha (PSDB-MA);
  • Antonio Anastasia (PSDB-MG);
  • Simone Tebet (MDB-MS);
  • Wellington Fagundes (PL-MT);
  • Paulo Rocha (PT-PA);
  • Nilda Gondim (MDB-PB);
  • Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE);
  • Elmano Férrer (PP-PI);
  • Álvaro Dias (Podemos-PR);
  • Romário (PL-RJ);
  • Jean Paul Prates (PT-RN);
  • Acir Gurgacz (PDT-RO);
  • Telmário Mota (PROS-RR);
  • Lasier Martins (Podemos-RS);
  • Dário Berger (MDB-SC);
  • Maria do Carmo Alves (DEM-SE);
  • José Serra (PSDB-SP);
  • Kátia Abreu (PP-TO).

Há uma tradição, de certa forma, que governadores que, por determinação da lei, não poderão mais disputar uma reeleição concorrerem a essas vagas para o Senado. No Nordeste, pelo menos cinco governadores deverão estar nesse caso: Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE), Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PSB-MA) e Renan Filho (MDB-AL).

Nesse xadrez do Senado, os integrantes da CPI da Covid se descapitalizaram politicamente pela má exposição conseguida durante os trabalhos da CPI. Mesmo já tendo sido governador do Amazonas, Omar Aziz, ao presidir a Comissão, ganhou exposição nacional negativa por ter proporcionado ao Paíss, em desejar, a oportunidade de todos conhecerem a ficha suja de sua atuação política no Amazonas. 

Outro participante do denominado G-7, da CPI, o senador Otto Alencar comprometeu acentuadamente, sua reeleição por participar desse grupo e seus pronunciamentos durante as sessões da Comissão. Outra que afundou ainda mais durante os trabalhos da CPI foi a senadora Simone Tebet. Esta já tem uma opositora que lhe aposentará politicamente. Trata-se da ministra da Agricultura Tereza Cristina, que tem realizado um trabalho de reconhecido valor no Brasil e no exterior.

Em Alagoas, onde o ex-presidente Fernando Collor deverá enfrentar o atual governador Renan Filho. Collor já se aproximou politicamente de Bolsonaro para se fortalecer no embate contra o filho de Renan Calheiros, outro que proporcionou a exposição de sua ficha suja, durante os trabalhos da CPI, na qual é o relator. 

No Amapá não será diferente. Após sua desastrosa passagem pela presidência do Senado,  Davi Alcolumbre afundou ainda mais ao comandar a Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Mais recentemente, definhou acentuadamente por não colocar em pauta na Comissão a indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal.

A democracia é o único regime político que nos oferece a sagrada oportunidade de podermos renovar os componentes do poder político do País. É a melhor forma de governo, mas é difícil e exige trabalho e engajamento. A política sofre quando fica com os mesmos líderes e não surge sangue novo que possa corrigir e sepultar os costumes daqueles que afundaram a Nação.

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