12 dezembro 2021

30 ANOS DO FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA

Este ano, na véspera deste Natal, comemora-se também trinta anos que a União Soviética desapareceu, em definitivo, do mapa político mundial, com a fragmentação e a independência formal das 15 repúblicas soviéticas que formavam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). No Kremlin, às 19h32, do dia 25/12/1991, a bandeira vermelha com a foice e o martelo da URSS é recolhida pela última vez. Mikhail Gorbachev renuncia a seu posto de presidente da URSS. 



O regime soviético havia governado a Rússia e as outras 14 repúblicas da URSS por quase 75 anos, desde a Revolução Bolchevique em novembro de 1917 liderada por Vladimir Lênin e por seu grupo comunista de seguidores marxistas.  Durante esses quase três quartos de século, primeiro sob Lênin e especialmente sob Josef Stalin e seus sucessores, historiadores estimam que mais de 64 milhões de pessoas — inocentes, homens desarmados, mulheres e crianças — morreram nas mãos do regime soviético.

A morte do sistema comunista soviético foi, sem dúvida, um dos mais monumentais e grandiosos eventos da história. O pesadelo soviético do "socialismo na prática" terminou naquele dia, 24/12/1991.

Mas antes de sua queda definitiva, com o regime já esfacelado e sem nenhum apoio popular, houve uma derradeira tentativa de golpe de estado perpetrada pela linha-dura do Partido Comunista, seu último suspiro, entre os dias 19 a 21 de agosto de 1991.

A população se manifestava abertamente contra o regime nas ruas, exigindo liberdade. Os comunistas então decidiram enviar tanques para esmagar os manifestantes e retomar o controle da situação. Mas os tanques mudaram de lado e acabaram protegendo a população contra o golpe e contra o regime.

Nesse período, os golpistas tentaram afastar o Presidente Mikhail Gorbachev e tomar o controle do país. Os autores do golpe acreditavam que o programa de reformas de Gorbachev estava indo longe demais e que o novo Tratado da União, que chegou a ser negociado, descentralizava muito o poder, em benefício das repúblicas integrantes da URSS. 

O golpe de Estado fracassou depois de três dias, e Gorbachev voltou ao poder. Ainda assim, os acontecimentos prejudicaram a legitimidade do PCUS, contribuindo para o colapso da União Soviética.

Veja o incrível relato daqueles dias de agosto no artigo "Há exatos 30 anos presenciei o fim do regime soviético" escrito por Richard Ebeling. 

Se o golpe houvesse sido bem-sucedido, possivelmente de três a quatro milhões de pessoas em toda a União Soviética seriam enviadas novamente aos GULAGs, como eram denominados seus campos de concentração.


PS.: Esse aniversário nos força a lembrar também do que ocorreu em nosso País, trinta anos antes e que culminou com a revolução de 1964, que depôs um governo aliado aos países socialistas, cujo objetivo era a implantação no Brasil dos regimes implantados nos 15 países que compunham a URSS, na China e em Cuba.

Naquela época, por exemplo, na passagem de 1963 para 1964, operavam no Brasil, através das embaixadas na Tchecoslováquia e da URSS, algumas dezenas de agentes dos serviços de inteligência dos dois países, StB e KGB respectivamente, travestidos de diplomatas. Esses países viam no Brasil as condições mais favoráveis para implantação do comunismo na América Latina e fortalecerem sua luta contra os EUA. Em "1964 O ELO PERDIDO", p. 340.

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