As reações da população diante da crise sanitária provocada pela pandemia Covid-19 e as políticas públicas adotadas para conter a doença já têm mostrado diversas consequências difíceis de serem contidas, mesmo após o seu encerramento.
Ficou claro, por exemplo, que algumas das medidas tomadas não tinham evidências de que poderiam funcionar, entre elas o "fica em casa e a economia veremos depois". No mundo, algumas cidades ficaram com todas as lojas e restaurantes abertos, e em outras estava tudo fechado. Na verdade todos agiram na ignorância, pois não tinham como saber o que iria acontecer.
Contudo era previsível que uma série de problemas de natureza social e econômica viriam rapidamente à tona. Entre eles podermos citar, como um dos mais críticos, a disparidade social que se acentuou durante esse período, provocando e/ou piorando a segregação social vigente na sociedade, tais como o aumento dos privilégios para alguns, como aqueles que poderão continuar a trabalhar de casa e os menos favorecidos obrigados a se deslocarem para o trabalho, enfrentando todos os percalços de locomoção, principalmente nas grandes cidades.
As vacinas
No Brasil e no mundo, há uma discussão sobre a obrigatoriedade de um passaporte sanitário. Ora, pelo menos neste momento, já está comprovado que quem se vacinou pode transmitir a doença, e, portanto, não há que se exigir o referido passaporte.
Segundo, embora haja argumentos a favor da vacinação, a decisão de se vacinar deve ser de cada pessoa. É uma decisão individual, pois, pelo menos por enquanto, não há argumentos científicos que digam o contrário. Se pessoas vacinadas transmitem a doença, não há justificativa para obrigá-las a tomar a vacina.
Guetos
Em decorrência dos problemas citados acima, desde o início da pandemia se instaurou, por decisões dos gestores públicos, em vários níveis, a separação física das pessoas e a proibição de seu acesso aos diversos locais da vida quotidiana de cada uma.
Os acontecimentos decorrentes dessa medida suplantaram a convivência humana, chegando a lembrar os terríveis momentos vividos durante a II Guerra Mundial, tal o nível de brutalidade utilizado pelas forças policiais do Estado contra a população e prosseguindo com a formação de verdadeiros guetos.
É o que nos mostram os dois vídeos a seguir, com cenas deste fim semana em Amsterdã, na Holanda, mas que não são exceções pois fatos similares estão ocorrendo em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil.
Mas olhando-se de uma forma mais ampla, será que tudo isto está ocorrendo apenas por conta da pandemia? Minha resposta é não.
Situações como essas foram vistas, em todo o mundo, há mais tempo, inclusive aqui no Brasil a partir de 2013, portanto antes mesmo da pandemia.
E lideranças para enfrentarem tudo isso existem? Até o momento também não.
Mas os oportunistas de ocasião sim. Muitos deles têm pregado a necessidade de um "Grand Reset" da humanidade. Contudo, com eles temos certeza que não ocorrerá. Não há nenhum Winston Churchill nesse time. Pode conferir neste vídeo.
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