04 setembro 2022

A CHINA REGISTRA UMA DAS PIORES RECESSÕES DE LUCROS

A política de “Covid zero” adotada no país e uma crise imobiliária afetaram diversas empresas. Quase 5 mil empresas chinesas localizadas em Pequim, Xangai e Shenzhen já divulgaram os resultados do primeiro semestre de 2022. Os dados são desastrosos.

Quem perde mais

As empresas de tecnologia são as que mais sofrem com o mau desempenho do país. O segundo trimestre deste ano marcou o fim do crescimento para a Alibaba — multinacional chinesa de tecnologia. Já a Tencent (empresa de tecnologia e entretenimento), teve seu primeiro declínio trimestral nas vendas.

Para outros setores, 2022 é o pior ano, até o momento. As três maiores companhias aéreas da China (Air China, China Southern Airlines e China Eastern Airlines) marcaram recordes de perdas. O valor total chega a 50 bilhões de yuans (pouco mais de R$ 37 bilhões) no primeiro semestre. Todas culparam a diminuição de viagens pelas restrições da covid-19. Além disso, a moeda nacional, yuan, caiu quase 10% em relação ao dólar, este ano.

As imobiliárias também tiveram um dos piores desempenhos até o momento. O setor possui 30% do PIB nacional, e foi prejudicado por uma política do governo que conteve os empréstimos “Imprudentes” para essa indústria.

Alguns economistas culpam as rígidas restrições impostas ao país pela covid-19 e a crescente crise no mercado imobiliário chines. “As principais razões são as restrições de mobilidade e uma enorme queda no sentimento associada ao minguar do mercado imobiliário”, explicou a economista Alicia García Herrero em entrevista à CNN Internacional.


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