Estamos diante disso porque o STF anulou as quatro ações penais contra Lula, inclusive sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem qualquer razão séria; alegou erro de endereço no processo, coisa que ninguém notou durante cinco anos e ao longo de três instâncias. Permitiu, com essa trapaça, que Lula fosse candidato nas atuais eleições sem a absolvição de nenhuma de suas culpas.
Daí por diante, a relação das violações diretas da lei por parte de ministros do STF é pública e indiscutível. Já superam centenas o número de profissionais de formação jurídica, alguns deles catedráticos, que apontam o catastrófico momento atual da Corte Suprema e seus anexos na proliferação de decisões ilegais, como por exemplo:
- Eliminar de forma sistemática o direito de livre expressão dos brasileiros, não adeptos do ex-presidiário, nas redes sociais;
- Bloquear contas bancárias, violar o sigilo de comunicações e “desmonetizar” comunicadores de “direita”;
- Censurar a imprensa, em desrespeito direto à Constituição Federal;
- Crime de conclusão, como apontou Ana Paula Henkel em seu último artigo "Lobos em pele de cordeiros", cujo respectivo trecho copio abaixo.
"Nas canetadas vermelhas do tribunal-jaboticaba, trechos da história de nossa política que são mostrados em documentários da Brasil Paralelo terão de ser excluídos. Segundo a corte, eles são verdadeiros, mas — PASMEM! — podem levar o telespectador a conclusões falsas! Não bastou o novo “crime de opinião”, criado recentemente por esses monstros jurídicos. Agora temos o “crime de conclusão”! Você vai ver fatos reais, ler notícias verdadeiras — mas não pode tirar suas próprias conclusões, apenas aquelas que os deuses do olimpo eleitoral permitirem!"
- Enviar a polícia à residência de apoiadores do presidente da República que mantinham um grupo particular de conversas no WhatsApp, suspeitando que estivessem armando um golpe de Estado porque leu isso em um jornal;
- Mantém em prisão domiciliar um aliado político do presidente, sem culpa formada e sem data para julgamento.
- ... a lista é quase interminável. E tal atitude teve início logo após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Entre 14 de março de 2019 e 16 de agosto de 2021, foram 124 manifestações hostis ao presidente. Uma a cada sete dias. Confira-as aqui.
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