28 dezembro 2022

A Síntese de Indicadores Sociais feita pelo IBGE no Maranhão versus a promessa de Flávio Dino

Durante o programa Oeste Sem Filtro, desta quarta-feira, 28 de dezembro de 2022, um dos temas comentados, pela bancada do programa, foi a promessa feita pelo então governador do Maranhão, Flávio Dino, durante o ato de sua posse em janeiro de 2015. O então governado e futuro ministro da Justiça do ex-presidiário não a cumpriu. - Ouça-a aqui -

A promessa feita naquela data nunca foi cumprida em seus dois mandatos de governador do estado do Maranhão, 2015-2022. Bem ao contrário do que prometeu, a pobreza de sua população se tornou ainda mais acentuada, é o que mostra o gráfico ao lado.

Quase 1,5 milhão de maranhenses luta diariamente para ter, pelo menos, o que comer, é o que revelou uma pesquisa do IBGE sobre a extrema pobreza no país.

No Estado, tem gente morando em palafitas, casas sem água tratada que foram erguidas sobre pedaços de pau em áreas de mangue. A diarista Roseane Costa, entrevistada pelo G1, vive em uma área como essa há 10 anos e já passou por situações bem complicadas. Se a maré sobe, inunda tudo. Em um cômodo só, tem sala, uma rede para dormir e cozinha. E a geladeira está vazia.

Em várias regiões de São Luís, por exemplo, a pobreza só aumenta. Uma realidade que mostra que, em 2021 no Maranhão, mais de 1 milhão e 400 mil pessoas viviam em extrema pobreza. E, de lá para cá, isso não mudou muito.

Segundo o IBGE, o Maranhão é o Estado do Brasil com a maior proporção de pessoas em estado de extrema pobreza. Sendo que, 8,4% dos extremamente pobres do país moravam no Maranhão, em 2021.

E mesmo para quem está empregado o cenário não é bom. O trabalhador maranhense tem o segundo menor salário entre todos os Estados do país. Em 2021, o trabalhador no Maranhão ganhava R$ 1.452, superando apenas o Estado do Piauí (R$ 1.409).

Há ainda quem ganha menos do que o valor encontrado nas pesquisas feitas pelo IBGE. Tem gente que não tem dinheiro para nada, vive de doações e mora nas palafitas do Jaracati, em São Luís.

A Síntese de Indicadores Sociais, que é feita pelo IBGE há mais de duas décadas, mostra que a pobreza monetária tem sido marcante na história do Maranhão.




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