Em entrevista a Revista Oeste (179), deste fim de semana, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, afirmou que o Porto de Santos se tornou o maior entreposto comercial de drogas do mundo. O PCC estabeleceu um bunker no Guarujá. "No estado inteiro apreendemos 150 toneladas de drogas só neste ano - foram 12 toneladas numa única ação ... o Porto de Santos é um ponto de convergência, porque a droga que é produzida dentro e fora do Estado passa por ali. Os grandes operadores do crime organizado estão morando no Guarujá, em Cubatão e em Santos. Virou área crítica", disse Tarcísio.
Contudo, a história do que aconteceu e ainda acontece em Cuba e na Venezuela, revela que os narcotraficantes nunca estiveram sozinhos. As operações de tráfico nos dois países escalaram em dimensão e em ousadia a partir do momento em que as direções do tráfico se entenderam com as autoridades dos respectivos países.
Livros publicados sobre o assunto, como, por exemplo, o de Leonardo Coutinho, "Hugo Chávez - o espectro", revela o que disse um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez: "... a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro".
"Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc colombianas. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo americano."
Uma perspectiva perigosa
O diretor do Observatório Geopolítico da América Latina (OGAL), Alberto Ray, afirmou que as perspectivas estão se tornando perigosas. Ele deu ênfase especial à situação no Equador e à violência armada. Ele lembrou que a fronteira colombiana-equatoriana é uma das importantes na produção de cocaína.
Essa área, com a maior produção de cocaína do mundo, está localizada em uma faixa de 10 quilômetros ao longo da fronteira colombiana-equatoriana, no lado colombiano.
“A partir dessa zona longe do mar, os novos caminhos são traçados pelos rios e vão para o sul. Para o Brasil, para abastecer o mercado daquele país, para ir para a África e de lá para a Europa”.
No início de 2015, o guarda-costas, Leamsy Salazar, um capitão de corveta da Marinha venezuelana, recém-exilado nos Estados Unidos, declarou às autoridades americanas ter presenciado, em 2013, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, despachar quatro lanchas de cocaína a partir de uma praia localizada na Península Paraguana, porção do território venezuelano que avança pelo Mar do Caribe.
Em junho de 2015, Diosdado, visitou o Brasil a convite da maior indústria de carnes do país e principal fornecedora da Venezuela, a JBS Friboi. Ciceroneado pelo presidente do Conselho da companhia, Joesley Batista, Diosdado foi recebido duas vezes pelo descondenado Lula da Silva na sede do instituto que leva seu nome, em São Paulo
E embora não tivesse comunicado sua presença ao Itamaraty ou sequer marcado previamente, conseguiu “furar” a agenda das principais autoridades da política nacional e foi recebido pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo vice-presidente Michel Temer, e pelo presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros.
Reunião com direito a foto.
ResponderExcluirA ligação entre esses grupos aparentemente é antiga.
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