27 agosto 2024

Dívida milionária da Telebras dobra sob gestão Lula e Alcolumbre



A Telebras, estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, dobrou sua dívida com fornecedores e viu seu programa de inclusão digital, o mais antigo do governo federal, perder arrecadação no último ano.

Os resultados negativos ocorrem após a troca de toda a diretoria da empresa entre abril e outubro de 2023.

Lula  deixou a Telebras sob a influência do senador Davi Alcolumbre, principal cotado para assumir a presidência do Senado em 2025.

Lula retirou a estatal da lista de privatizações, onde havia sido incluída pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O petista afirmou à época que ia acabar com privatizações no Brasil.

“Vai acabar privatizações neste país. Já privatizaram quase tudo. Mas vai acabar e nós vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade”,disse Lula semanas antes de assumir o terceiro mandato.

Nesta terça-feira (27), Lula visitou o Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, em Brasília. Os cortes no programa de inclusão digital ocorreram após Lula lançar uma política prioritária para levar ou melhorar a internet em todas as 138 mil escolas públicas do país.

Davi Alcolumbre, padrinho político do ministro das Comunicações do governo Lula Juscelino Filho, abriu cargos de assessoria e direção na Telebras para aliados.

Entre eles estão o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, indicado pelo senador Efraim Filho e ex-funcionário da Oi por 21 anos; o chefe de gabinete da presidência, Romualdo Rolim Neto, primo da esposa de Siqueira Filho; e a diretora administrativo-financeira e de relações com investidores, Tatiana Miranda, ex-funcionária do governo do Amapá, entre outros.

Ao Uol, a Telebras informou que espera resolver a atual dívida em 2025 e que está em negociação com novos clientes para aumentar as receitas da empresa. O Palácio do Planalto não comentou sobre o assunto.


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