Estes instigantes e emblemáticos versos da epigrafe são retirados da obra de João Cabral de Melo Neto, “Auto do Frade: Poemas para vozes”, que retrata, com maestria, o último dia de Frei Caneca (13/1/1825), condenado à morte, por ser um dos líderes da Confederação do Equador de 1824.
Mas, bem que poderia ser o diálogo entre o Estado Democrático de Direito e os ??? ministros do STF, que decretaram a sua morte, já a partir do período eleitoral de 2018.
Após a divulgação de mensagens que circularam no âmbito do TSE e do STF, pela Folha de São Paulo, desde o último dia 13/08/2024, se tomou conhecimento, por exemplo, que Marco Antônio Vargas disse a Airton Vieira (os juízes instrutores de Moraes no TSE e STF, respectivamente) que sentia vontade de mandar jagunços pegar o jornalista Allan dos Santos nos Estados Unidos. Este tem em seu nome mandado de prisão expedido pelo ministro do STF.
Depois da veiculação dessas conversas, deputados federais foram às redes sociais ironizar o termo “jagunço”.
Dentre os textos publicados se escolheu o da deputada federal Júlia Zanatta, de Santa Catarina, que disse: “se a Justiça não pode usar os meios legais para te condenar, é só mandar uns jagunços te ‘pegarem na marra’”. “O que vimos nas conversas entre assessores de Moraes e do seu Ministério da Verdade são uma afronta à democracia”, escreveu Júlia. “Eles escolhem seus alvos e colocam a máquina estatal para trabalhar pelos seus interesses.”
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