No domingo, 13 de outubro, a SpaceX, empresa do bilionário americano Elon Musk que também é dono da montadora Tesla e da plataforma de mídia social X, alcançou um novo feito técnico: recuperar o primeiro estágio "Super Heavy" do foguete Starship usando os braços mecânicos de sua torre de lançamento em Boca Chica, Texas, em vez de perdê-lo no mar como nos quatro lançamentos anteriores.
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Este foi o quinto lançamento de teste, desde abril de 2023, do lançador mais poderoso do mundo — 120 metros de altura e capaz de transportar 100 toneladas métricas (10 vezes mais do que os foguetes de hoje). Aqueles que zombaram da ideia de um lançador recuperável no início do empreendimento Falcon-9 tiveram que admitir que a SpaceX mudou o modelo de negócios da indústria espacial. Trazer de volta o primeiro estágio de um foguete significa que ele pode ser reutilizado e relançado, reduzindo consideravelmente os custos.
Com esse novo "salto gigante", a SpaceX está ampliando ainda mais a lacuna com a Europa e a China, bem como com seus concorrentes americanos Blue Origin, de propriedade do fundador da Amazon, Jeff Bezos, Boeing e Lockheed Martin, no setor estratégico de exploração espacial e lançamento de constelações de satélites para uso civil ou militar.
Para preencher pelo menos parte dessa lacuna, a Europa terá que passar da "alta costura" para a "industrialização", alertou Eva Berneke, CEO da operadora de satélites francesa Eutelsat, no Le Monde:
"O Falcon-9 já havia reduzido os preços em 50%; a Starship os levará ainda mais baixo, em pelo menos 30% a 40%."
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