Reproduzo abaixo um texto publicado, há uma semana, pela Gazeta do Povo no qual relata a comemoração da morte de 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e o rapto de 251 ocorrida em Israel em 7 de outubro último.
Chama também a atenção o fato de que o evento foi liderado por Marcos Tenório, um pernambucano que se converteu ao Islamismo, além da participação de uma professora da UnB (Universidade de Brasília) e de um editor do site de extrema-esquerda Brasil 247. Mais detalhes sobre esses participantes estão no texto da Gazeta.
Sobre o pronunciamento da professora da UnB, ela tem razão ao afirmar que há um processo de palestinização no mundo, a partir, por exemplo, da "nova identidade européia". Eis a nova Secretária de Estado da Justiça do Reino Unido. A advogada muçulmana devota SHABANA MAHMOOD, que está no cargo desde 5 de julho de 2024, graças ao povo do Reino Unido, que colocou o Partido Trabalhista no poder.
No Brasil, Lula é incapaz de condenar o Hamas como um grupo terrorista, mas equipara o governo de Israel ao nazismo. Confira aqui o que ele disse na ONU. E esse envolvimento e com o apoio do Brasil, o Irã passou a fazer parte do BRICs neste ano. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin viajou a Teerã para participar da posse do novo presidente iraniano. Ele se sentou na primeira fileira, a duas cadeiras de distância do representante do Hezbollah e a três do chefe do Hamas.
As opções do atual regime brasileiro, que já deixou de ser uma democracia, estão cada vez mais claras. Se ficarmos de braços cruzados, depois não reclamem!
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“Israel é um câncer”: embaixador do Irã no Brasil e esquerda radical celebram atos do Hamas
No dia 7 de outubro de 2024, enquanto eventos ao redor do mundo relembravam as vítimas dos ataques terroristas em Israel um ano antes, o embaixador do Irã no Brasil sentou-se diante do computador para participar de um evento virtual que comemorou a morte de 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e o rapto de 251.
Adbollah Nekounam Ghadirli, o mais alto diplomata iraniano em solo brasileiro, foi a atração principal de um convescote, transmitido ao vivo, para celebrar a “Dilúvio de Al-Aqsa” — nome dado pelo grupo terrorista Hamas ao morticínio.
O evento foi liderado Marcos Tenório, um pernambucano que se converteu ao Islamismo e agora usa o nome social de Sayid Tenório. Ele é vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), que tem um longo histórico de defesa de grupos terroristas.
Além de Tenório e do embaixador, a celebração também teve a participação de uma professora da UnB (Universidade de Brasília) e de um editor do site de extrema-esquerda Brasil 247.
O evento foi transmitido por um conjunto de nove canais de extrema-esquerda. No canal do Ibraspal no YouTube, o vídeo teve apenas 32 visualizações em seis dias. Mas o total desinteresse do público pelos apologistas do terrorismo não diminui a gravidade da situação.
“Ações heroicas” do Hamas
Já nos primeiros segundos de sua fala,Tenório destruiu qualquer esperança de que o evento apresentasse uma análise crítica do 7 de outubro. Era, simplesmente, uma celebração de ataques terroristas que resultaram na morte de centenas de pessoas a sangue frio.
“A data de hoje, ela é uma data muito especial, não somente para o povo palestino mas para todo o Oriente Médio e para todo o mundo livre. Há exatamente um ano, teve início a heroica operação Dilúvio de Al-Aqsa", comemorou.
Segundo ele, o ataque foi uma ação "legítima do ponto de vista do direito internacional".
Tenório é o homem que, depois de se reunir com figuras do primeiro escalão do governo e de garantir um emprego em um gabinete do PCdoB na Câmara dos Deputados, foi rejeitado até mesmo pela esquerda radical brasileira. Ele acabou escanteado quando publicou comentários em que debochava das vítimas dos ataques de 7 de outubro.
No evento de 7 de outubro de 2024, as únicas palavras de condenação à violência a saírem da boca de Tenório foram as dirigidas a Israel por ter agido de forma “sorrateira” e “covarde” no ataque que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Embaixador: Israel é um "câncer"
O representante do governo iraniano no Brasil disse exatamente o que se espera do representante de um regime teocrático que financia grupos terroristas Oriente Médio afora.
Para o embaixador, Israel é um “câncer”. Uma “glândula cancerosa”. Os grupos terroristas são “a resistência”. O funcionário encarregado de traduzir as falas do diplomata aparentava ter gagueira, o que tornou a transmissão ainda mais torturante.
“Essa resistência do povo palestino que todos que buscam a liberdade contra o regime sionista tem que ser mostrada para o mundo todo”, disse Ghadirli.
Ele também firmou que o Irã disparou mísseis contra Israel “no âmbito da legítima defesa”, apesar de o Irã não ter sido atacado por Israel.
Na versão dos fatos apresentada por Ghadirli, o “regime sionista” está em uma situação delicada e Nasrallah era um “grande líder da resistência”, que o tradutor gaguejante insiste em mencionar como “residência”.
O regime representado pelo embaixador é um aliado do atual governo do Brasil. Com apoio do Brasil, o Irã passou a fazer parte do BRICs neste ano. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin viajou a Teerã para participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, em julho. Ele se sentou na primeira fileira, ao duas cadeiras de distância do representante do Hezbollah e a três do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh. Haniyeh foi assassinado horas depois, em um ataque atribuído a Israel.
Professora da UnB: Israel não quer libertar os reféns
Depois do embaixador, Tenório passou a palavra a Berenice Bento, professora do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília.
Usando um linguajar típico da academia, ela afirmou haver um certo “processo de palestinização do mundo”.
Segundo Berenice, Israel parece estar blindado de críticas. “É o único estado que está acima da crítica. É quase com se fosse Deus, Alá encarnado encarnado em forma de uma entidade política chamada de Estado”, afirmou.
Ao mesmo tempo, e de forma contraditória, a professora afirmou que o conflito atual trouxe a “derrota moral de Israel”, que perdeu apoio nas Nações Unidas e tampouco é bem visto pela “consciência coletiva global”.
Berenice também assegurou que o governo israelense não atua para derrotar o Hamas ou resgatar os reféns, mas para anexar a Faixa de Gaza. “Eles sabem onde estão esses reféns e não querem recuperar esses reféns”, disse ela, que precisou sair mais cedo do evento porque tinha uma sala de aula à sua espera.
Loas ao Hamas e ao Hezbollah
O último a falar foi José Reinaldo Carvalho, militante comunista e editor do site Brasil 247. Ele também estava feliz com o aniversário dos atentados: "Estamos hoje celebrando um ano da realização dos atos de 7 de outubro”, celebrou.
Segundo ele, a data deve ser lembrada como um símbolo da luta dos povos do Oriente Médio contra as potências imperialistas ávidas por petróleo.
“O que a população palestina e, no caso a força da resistência, fizeram no 7 de outubro do ano passado foi exatamente reagir de maneira legítima a esse genocídio continuado e histórico”, disse.
José Reinaldo não queria deixar outros grupos terroristas de fora da lista de congratulações, entretanto.
“Nós não podemos deixar de mencionar prioritariamente o Hamas, a Jihad Islâmica, as demais forças palestinas que tiveram a ousadia e a coragem de pegar em armas para enfrentar a ocupação israelense. E obviamente não podemos deixar de saudar o papel da resistência, designadamente o papel do Hezbollah”, argumentou.
Neste ano, de acordo com o Portal da Transparência, o Brasil 247 já recebeu R$ 148,6 mil reais em anúncios do governo federal.
Embaixada se pronuncia
Os participantes do evento foram procurados pela reportagem da Gazeta do Povo. Somente a Embaixada do Irã se pronunciou: a assessoria do embaixador se limitou a enviar um comunicado divulgado pela missão do Irã na ONU. O texto diz que "arrastar o Irã ou o Hezbollah para a operação de 7 de outubro representa uma conclusão fabricada e uma tentativa cínica de enganar a opinião pública — tudo com o objetivo de acobertar a grande falha de inteligência do regime de Israel em relação ao Hamas". A nota também afirma que o Irã não teve qualquer envolvimento no planejamento ou na execução do ataque de 7 de outubro.
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