Continuam repercutindo na grande imprensa os resultados eleitorais de 2024. Em todos os veículos há o registro do desastre eleitoral do PT e de seus aliados. O destaque maior, como não poderia deixar de ser ficou para São Paulo, tanto pelo o que a cidade representa como pelos gastos, os maiores do País, efetuados pela campanha do candidato da esquerda.
Contudo, apesar do fracasso da esquerda nas eleições municipais, jornais e emissoras de televisão - da velha imprensa - concluíram que o grande derrotado foi Jair Bolsonaro. Porém, desta vez o ambiente nas redações foi bem diferente daquele ocorrido em 2022, que contou com salva de palmas, abraços, cumprimentos, gritos de entusiasmo, mãos espalmadas em prece, pulos de felicidade, lágrimas de alívio e muita emoção. Assim foi a comemoração, nos estúdios da Rede Globo, do triunfo de Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, como ilustra o vídeo abaixo.
Depois da derrota acachapante da esquerda no pleito municipal, não houve espaço nem clima para festividades. Em vez de celebração, o que se viu na imprensa brasileira foram penosas buscas de justificativas para o fracasso, com escreveu Branca Nunes em seu artigo na Revista Oeste, 241 deste fim de semana:
"Três apresentadoras da GloboNews se uniram num jogral para explicar por que Boulos não foi eleito. A primeira disse: “Ele apresenta uma melhora, ainda que discreta, mas contínua, em diferentes segmentos, mas em um específico: baixa renda. Ele começa a melhorar entre esses eleitores agora, a um dia da eleição”.
A segunda foi em frente: “Boulos parece ter acertado na campanha muito tarde. A rejeição dele também cai. Ele parece que encaixou a campanha, mas precisava de mais uma semana”. A terceira concluiu: “Uma fonte da campanha do Boulos que está acompanhando a gente falou exatamente esta frase: ‘Esse segundo turno é muito curto'”. E as três entoaram o refrão: Boulos não ganhou por falta de tempo."
"Confrontados com as dimensões siderais da surra imposta a candidatos esquerdistas, a imprensa velha ressuscitou duas vertentes banidas do noticiário — “centro-direita” e “direita” — para que dividissem a vitória com os extremistas subordinados a Jair Bolsonaro. Além do mais, miaram as primeiras páginas, “a direita está rachada”, escreveu Augusto Nunes em seu artigo também na Oeste.
Durante o período do segundo turno, Lula divulgou mensagens numa rede social defendendo a eleição de catorze candidatos a prefeito. Em vídeos curtos, o ex-presidiário apresentava o concorrente, pedia um voto de confiança no afilhado político e aproveitava a oportunidade para falar de realizações (mentiras) de seu governo. Foi uma tentativa de remediar a derrota da esquerda no primeiro turno, mostrar poder como cabo eleitoral e rebater a crítica de que se distanciou da disputa municipal por medo de ser associado a derrotas.
A ofensiva não deu certo. O amor de Lula e do PT não é mais o trabalhador, é o STF.
Sempre conseguem achar justificativa. Só não encontram solução para os problemas do Brasil.
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