16 novembro 2024

Os vícios incontroláveis de Moraes

 

Em seu editorial de opinião deste sábado, 16, o jornal O Estado de S.Paulo classificou o comportamento do magistrado como “vícios incontroláveis”.

“Para surpresa de rigorosamente ninguém, bastaram poucas horas depois das explosões na Praça dos Três Poderes para o incontido ministro estufar o peito e ostentar as suas credenciais de plenipotenciário guarda-costas da democracia no país”, escreveu o jornal,

Condenamos veementemente o atentado ocorrido em Brasília. Nada, absolutamente nada, justifica a violência como meio de resolução de conflitos. A democracia é feita de diálogo e respeito às instituições.

Entretanto, precisamos refletir: será que a escalada de censura e repressão à liberdade de expressão também não está alimentando um cenário de tensão e revolta? A liberdade de expressão é um direito natural, essencial para a nossa humanidade. Sem ela, deixamos de ser plenamente livres. A crítica do Estadão ao comportamento do Ministro Alexandre de Moraes é um alerta importante sobre os riscos do ativismo judicial no Brasil. Quando um ministro da Suprema Corte decide usar sua posição para antecipar julgamentos e se promover como "defensor da democracia", ele ultrapassa o papel que lhe é confiado pela Constituição. Segundo o editorial, após os atentados em Brasília, Moraes voltou a "ostentar suas credenciais" como juiz universal, mas sua postura levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade e o respeito ao devido processo legal. O uso de medidas autoritárias, como o cerceamento da liberdade de expressão e a repressão de críticos, gera uma escalada preocupante em nossa democracia.

Esta concentração de poder não é respaldada pela Constituição. Não estaria na hora de o país retornar à normalidade democrática? Respondeu a essa questão o Senador Rogério Marinho:

"A situação que vimos em Brasília é um alerta de que precisamos de paz e uma verdadeira reconciliação. A violência e o radicalismo nunca serão o caminho para o Brasil que queremos. Nosso papel no Congresso é garantir que a discussão política aconteça de forma legítima e respeitosa, sem interferências externas e respeitando a vontade popular. Precisamos avançar em direção à anistia e pacificação para retomarmos a normalidade democrática e o respeito às instituições. Uma democracia sólida é feita com ordem, diálogo e respeito aos direitos de todos."

 


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