Hoje é aniversário do início da guerra Rússia x Ucrânia. Lá se vão três anos de muitas mortes de inocentes de ambos os lados, incluindo civis. Segundo as informações publicadas, esse número já é superior a 200 mil soldados, a maioria deles do lado russo. Somados aos feridos esse número já ultrapassou a marca de 1 milhão. Adicionalmente, segundo a CNN, 6,8 milhões de refugiados ucranianos estão vivendo em diversos lugares do mundo. É um balanço intolerável para um mundo em pleno século XXI depois de já ter vivido e amargurado tudo o que aconteceu durante a II Guerra Mundial da qual esses países foram partícipes. Nesses três anos de conflito que Putin descreveu como uma "operação militar especial", já foi devastado o leste da Ucrânia e teve repercussões globais, interrompendo os mercados de energia e reorientando a estratégia da OTAN.
Contudo, este capítulo da agressão russa tem uma história - já registrada - ainda mais longa. Por centenas de anos, a política externa da Rússia foi caracterizada por um senso de excepcionalismo civilizacional, vulnerabilidade percebida e ambições crescentes que excederam as capacidades do país. A geografia do país levou a Rússia a ver seus vizinhos menos como amigos em potencial do que como potenciais cabeças de praia para inimigos. E os líderes russos recentes — incluindo Putin — veem todos os estados fronteiriços nominalmente independentes, agora incluindo a Ucrânia, como armas nas mãos de potências ocidentais com a intenção de empunhá-las contra a Rússia, confrontando com o desejo de Moscou pelo reconhecimento ocidental de uma esfera de influência russa no antigo espaço soviético.
Nos últimos três anos de guerra, o Ocidente reagiu contra a Rússia emitindo sanções, fortalecendo a OTAN, abastecendo Kiev e se recusando a reconhecer as reivindicações territoriais de Moscou enquanto tentava limitar a escalada. Mas, à medida que o governo Trump busca negociações com Putin para encerrar a guerra, muitos veem a unidade ocidental desmoronando. Qualquer acordo mais amplo com Moscou exigiria aceitar o domínio russo sobre seus vizinhos pós-soviéticos. Não é este o desejo da União Europeia (UE) que hoje anunciou pacote de ajuda militar de US$ 3,5 bilhões para a Ucrânia. A UE realizará uma reunião no dia 6 de março que marcará o início do aumento dos gastos com defesa na Europa. Veja a seguir o pacote de sanções que ela acabou de aprovar.

16º pacote de sanções contra a Rússia, aprovado por unanimidade pela UE..
1. Proibição das importações de alumínio primário russo 2. 73 navios da frota paralela russa foram adicionados à lista negra da UE, elevando o total para 152 navios.A maioria deles são petroleiros usados para contornar o teto de preço do petróleo do G7 e apoiar os esforços de guerra de Moscou. O pacote também proíbe transações com portos e aeroportos russos envolvidos na evasão do teto de preço do petróleo e fortalece os critérios para sancionar proprietários, operadores e até capitães de embarcações.3. Restrições à exportação de produtos essenciais que poderiam reforçar as capacidades industriais e militares da Rússia.
Isso inclui cromo e certos produtos químicos (como precursores usados em máquinas CNC para fabricação de precisão), bem como consoles de videogame, joysticks e simuladores de voo, que a Rússia teria reutilizado para uso militar, como controle de drones.4. Sanções sobre indivíduos e entidades
O pacote adiciona 48 indivíduos e 35 entidades à lista de sanções da UE, sujeitando-os a congelamentos de ativos e proibições de viagens. Além disso, 53 novas entidades enfrentam uma proibição de transações relacionadas a vendas de bens de alta prioridade para a Rússia, com foco naquelas vinculadas ao complexo militar-industrial.5. Medidas de mídia e bancárias
As licenças de transmissão de 8 veículos de comunicação russos foram suspensas para combater a propaganda. Mais 13 bancos russos foram excluídos do sistema de mensagens financeiras SWIFT, isolando-os ainda mais das finanças globais.6. Proibição de serviços de refino de petróleo e gás
Uma proibição de manutenção de refinarias de petróleo e gás russas foi introduzida para limitar as capacidades de manutenção da infraestrutura energética da Rússia.
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