O romance de Trump com líderes árabes

        Trump com o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani,

    Trump disse que o emir do Catar e sua família eram "caras altos e bonitos"

    Sobre os diálogos de Trump, começam a ser destaques as notícias com foco no relacionamento diplomático que passou a ser denominado de "O romance de Trump com líderes árabes". Isto após o Presidente deixar os Emirados Árabes Unidos, a terceira e última etapa da sua visita ao Oriente Médio, uma viagem que rendeu mais de $2,2 trilhões de dólares em investimentos árabes nos EUA, o equivalente ao PIB do Brasil. Trump usou essa viagem para fortalecer laços com o mundo árabe. Três dias no Golfo expuseram a diplomacia de romance do Presidente.  Ele chamou os líderes árabes de bonitos, atraentes e durões.

"Gosto demais de você", disse Trump ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, colocando a mão no coração enquanto os dois se despediam na pista do aeroporto. 

    "O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, é atraente" e durão", disse Trump após um encontro surpresa em Riad, Arábia Saudita, com o ex-líder rebelde que derrubou o ditador sírio Bashar al-Assad em dezembro. Trump disse que os EUA suspenderiam as sanções à Síria, em grande parte devido à sua visão sobre Sharaa.

    

Trump com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman

    "Você é um homem magnífico", disse Trump no palácio real ao lado do Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos.

    "Ah, o que eu faço pelo príncipe herdeiro", disse Trump durante um discurso na Arábia Saudita. Ao final dos comentários de Trump sobre o reino, o príncipe Mohammed se levantou e aplaudiu, exibindo um largo sorriso.    

    Durante seu discurso diante das tropas americanas no Catar, Trump disse que o Golfo era "uma parte incrível do mundo, e nosso relacionamento nunca foi tão forte".

    Momentos antes de seu discurso, enquanto a multidão aguardava sua chegada, “It’s a Man’s Man’s Man’s World”, de James Brown, tocava alto nos alto-falantes.

    Certamente, isso sinaliza que Trump está se voltando para relações fortes com o Golfo como peça central de sua estratégia para o Oriente Médio.

    Não ficou por menos. Os monarcas do Golfo retribuíram o carinho de Trump. O Sheikh Mohamed concedeu a Trump a Ordem de Zayed, a mais alta honraria civil do país. Os três países organizaram escoltas de caças para o Air Force One. Organizaram desfiles de camelos, cavalgadas, cantores, dançarinos de espadas e festas suntuosas em palácios opulentos. E elogiaram Trump como um rei da volta por cima na política, às vezes ecoando sua retórica com frases como "drill, baby, drill".

    Analistas afirmam que há uma vantagem notável no estilo diplomático de Trump. Ter um relacionamento caloroso com outro líder pode catalisar avanços durante negociações difíceis e facilitar a coordenação de crises.

    Trump fez dos laços pessoais um elemento essencial de sua política externa.