05 julho 2025

Por que bilionários abraçam o socialismo?


"Quando você vê que o comércio é feito não por consentimento, mas por compulsão; quando você vê que, para produzir, você precisa obter permissão de homens que não produzem nada; quando você vê dinheiro fluindo para quem negocia, não com mercadorias, mas com favores; quando você vê que os homens ficam mais ricos por suborno e extorsão do que pelo trabalho, e suas leis não o protegem contra eles, mas os protegem contra você; quando você vê a corrupção sendo recompensada e a honestidade se tornando um autossacrifício, você pode saber que sua sociedade está condenada", Francisco D'Anconia, em "A Revolta de Atlas".

     Qualquer pessoa que tenha estudado, com rigor científico, a evolução do comunismo na Rússia ou do fascismo na Itália de Mussolini, ou ainda a ascensão do nazismo na Alemanha sabe que todos esses episódios não passaram de iniciativas para a implementação de projetos de "engenharia social" semelhantes entre si.

    Empresários imorais, sindicatos imorais, intelectuais imorais, jornalistas imorais, associações imorais buscam aquilo que não conseguiriam - sua própria sobrevivência - num regime com total liberdade e competiçãoEssa sempre foi a trilha escolhida por nossos governantes sustentados por corporativistas e apoiada por clientelistas de todas as camadas sociais. A história do Brasil evidencia que, ao longo de nossa trajetória, diante de todas as alternativas que se apresentaram à nossa frente, invariavelmente optamos pela pior, escolhendo sem pestanejar o caminho da servidão.

    Nesta semana, que acabou de se encerrar, a milícia de extrema esquerda invadiu a sede do banco Itaú para protestar contra a decisão do Congresso de barrar o aumento do IOF. Segundo os invasores, a medida favoreceria “bancos e super-ricos”. O paradoxo é evidente: muitos desses manifestantes não percebem que servem justamente aos bilionários — inclusive banqueiros — que financiam a agenda socialista.


 Não por acaso, uma das herdeiras do Itaú figura entre as maiores financiadoras de campanhas petistas. Alguém acredita que Lula teria deixado a cadeia para voltar ao Planalto sem o respaldo de boa parte da Faria Lima?
 A lógica é simples. Quando um grupo econômico domina um mercado, a livre-concorrência passa de oportunidade a ameaça. Para blindar sua posição, ele patrocina um Estado grande e regulador, capaz de erguer barreiras de entrada para novos competidores. Apenas o socialismo oferece tal arranjo. Quanto maior e mais intervencionista o governo, mais poder concentra — poder facilmente capturado pelos próprios bilionários.

    O PT, percebendo o esvaziamento de seu poder, instiga a revolta contra a mão que o reconduziu ao Palácio do Planalto. Enquanto isso, Centrão e Faria Lima buscam um “novo PSDB” capaz de oferecer ao establishment um socialismo light que preserve privilégios. O resultado desse embate definirá se o Brasil seguirá o modelo venezuelano, sonho petista, ou o globalismo tecnocrático.

    O que o establishment não tolerará, em hipótese alguma, é a ascensão de qualquer opção que promova liberdade econômica e política, além dos valores conservadores. Essa é, em última instância, a verdadeira disputa pelo futuro do Brasil.

2 comentários:

  1. EXCELENTE MATÉRIA. PARABÉNS! MAIS CLARO IMPOSSÍVEL.

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  2. Em 1987, durante a Assembléia Nacional Constituinte, formaram-se duas alas: uma defensora do modelo liberal, livre mercado mostrando a necessidade do País adotar esse sistema como meio para o desenvolvimento econômico da socieda; e outra de empresários corporativistas, sempre ligados ao governo para usufruirem das suas benesses, liderados pelo empresário Norberto Odebrecht, que hoje sabemos estar prfundamente envolvido nos escândalos de corrupção promovidos pelo PT e seus cúmplices.

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