16 novembro 2015

UMA PONTE PARA SE MANTER NO PODER


Em matéria publicada em 16/11/2015, na Folha de São Paulo, foi noticiado que o ministro Eliseu Padilha, do PMDB, disse que a ruptura do partido com o governo Dilma é defendida por minoria.


Tal manifestação é decorrente do evento que acontecerá na terça-feira (17), na Fundação Ulysses Guimarães, para discutir o documento, de natureza econômica, "Uma ponte para o futuro".


Se analisarmos a história do partido, concluímos rapidamente que a frase está mal formulada. Os caminhos percorridos pelo PMDB, desde a redemocratização do País, em 1985, apontam que o título mais correto, e coerente com a fala do ministro, seria "Uma ponte para se manter no poder".


Mais sensato, neste momento, para a sociedade brasileira, seria o PMDB pedir desculpas à Nação pelo legado deixado em seus 30 anos no poder.


Jamais o partido poderá se eximir de um legado rico em acrobacias econômicas e negociatas, incluindo-se aí os acertos, ainda em 2002, para eleição do ex-presidente Lula e sua participação nos governos do PT.


No momento atual, praticamente todas as suas lideranças e mais acentuadamente aquelas que estão ocupando (ou ocuparam) postos e cargos no sistema político de governo, são citadas, investigadas e algumas já até denunciadas por corrupção.


São também os mesmos caciques (os que nunca largaram o osso), e apenas esses, segundo as manifestações de alguns membros do próprio partido,  que estão urdindo esse novo documento, uma espécie de salva-vidas para quando saltarem do barco que, como já bem enxergaram, está naufragando. Estão consumindo muito óleo de peroba.


É muita cara de pau.







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