No calendário podemos ver que o primeiro trimestre
de 2016 ainda não se encerrou. Entretanto, para o Brasil, sob a ótica tanto
econômica como política, o ano já acabou. Então, talvez seja mais adequado se
dizer que ele nem começou e que 2015 foi/será prorrogado até 2018.
As previsões de inflação
alta, crédito restrito, recessão, elevação da relação dívida
pública/PIB e aumento do desemprego se confirmaram. As
três principais agências mundiais de classificação de riscos bateram o martelo
e rebaixaram a nota de crédito do País colocando-o na faixa denominada de junk
(lixo). A última delas, a Moody's, nesta quarta-feira (24/02).
Tal decisão não chegou a surpreender o mercado. Há
semanas as análises financeiras publicadas já a considerava como inevitável.
Era uma crônica de morte anunciada, diante da mais do que comprovada
incompetência do governo de plantão.
Além dos aspectos econômicos, a Moody's, em seu
comunicado, também se referiu a turbulência política vivida pelo País, apontando-a como séria dificuldade para que medidas necessárias à reversão da crise sejam
implementadas.
Entretanto, o que está ruim poderá ficar pior. A perspectiva das três agências é negativa e, portanto, novos rebaixamentos poderão ocorrer ainda em 2016.
Caso isso venha a acontecer, o Brasil irá precisar de cerca de uma década, após o inicio da retomada de seu crescimento, para recuperar as notas que o recolocará nas faixas de baixo risco de investimentos. Aviso este, repassado por diversos analistas financeiros ao tomarem conhecimento do comunicado da Moody's, tendo como base os resultados verificados em outros países que passaram por situações similares.
Esse quadro só irá se modificar quando a mudança de governo ocorrer. A duração da crise é a mesma da duração do governo, devido a sua falta de credibilidade e de capacidade para discussão-execução de qualquer proposta, política e/ou econômica, posta na mesa.
A saída da crise, portanto, está na mudança política e esta não se resume a troca da presidente. Com um Congresso desmoralizado, partidos fracos, líderes envelhecidos e desacreditados, não será possível fazer a nação acreditar que apenas a mudança da presidente nos permitirá retornar à superfície do poço.
Diante desse cenário, é imprescindível uma reforma do sistema político, em moldes parecidos com as sugestões contidas aqui, após a realização de eleições gerais, quiçá, até mesmo, através de uma nova Assembleia Constituinte.
Esse quadro só irá se modificar quando a mudança de governo ocorrer. A duração da crise é a mesma da duração do governo, devido a sua falta de credibilidade e de capacidade para discussão-execução de qualquer proposta, política e/ou econômica, posta na mesa.
A saída da crise, portanto, está na mudança política e esta não se resume a troca da presidente. Com um Congresso desmoralizado, partidos fracos, líderes envelhecidos e desacreditados, não será possível fazer a nação acreditar que apenas a mudança da presidente nos permitirá retornar à superfície do poço.
Diante desse cenário, é imprescindível uma reforma do sistema político, em moldes parecidos com as sugestões contidas aqui, após a realização de eleições gerais, quiçá, até mesmo, através de uma nova Assembleia Constituinte.
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