12 março 2016

PMDB REUNIDO PARA ASSUMIR O PODER

Em convenção neste sábado (12/03/2016), o PMDB escolheu sua estrutura de poder. Ninguém se apresse em querer conhecer os novos titulares, pois não se trata de uma renovação. A diferença significativa de reuniões precedentes, talvez mesmo a única, é que desta vez o partido defende a ruptura com o atual governo.


Obviamente, tal manifestação é decorrente do clima Titanic vivido, neste momento, pelo transatlântico chamado Brasil.

Já foi definida a data final para que todos abandonem o navio. Daqui a 30 dias. Os barcos salva-vidas já estão prontos. A nova frota foi batizada com o nome "Uma ponte para o futuro".

Ora, se analisarmos a história do partido, concluímos, rapidamente, que a frase está mal formulada. Os caminhos percorridos pelo PMDB, desde a redemocratização do País, em 1985, apontam que o título mais correto seria "Uma ponte para continuar no poder".

Contudo, mais sensato, neste momento, para a sociedade brasileira, seria o PMDB pedir desculpas à Nação pelo legado deixado em seus 30 anos no poder.

Jamais o partido poderá se eximir de um legado rico em acrobacias econômicas e negociatas, incluindo-se aí os acertos, ainda em 2002, para eleição do ex-presidente Lula e sua participação nos governos do PT.

No momento atual, praticamente todas as suas lideranças e mais acentuadamente aquelas que estão ocupando (ou ocuparam) postos e cargos no sistema político de governo, são citadas, investigadas e algumas já até denunciadas por corrupção.

São também os mesmos caciques (os que nunca largaram o osso), e apenas esses, segundo as manifestações de alguns membros do próprio partido,  que desejam alcançar o comando do transatlântico.

Os brasileiros não contam com isso. No meio do caminho, para impedí-los, há um iceberg, gigante e incontornável, chamado Lava Jato.









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