09 maio 2017

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ROBÔS DESTRUINDO E CRIANDO POSTOS DE TRABALHO

No Dia do Trabalho(2017) abordamos a situação de desemprego no Brasil, sob o título SEM TRABALHADORES, para ilustrar o fato de que sem um forte programa de educação, que esteja alinhado com o surgimento das novas profissões, continuará existindo um alto número de desempregados no País, independentemente de seu nível educacional.

Dentro de 10 a 15 anos, estaremos diante de um mundo em que a maior parte dos trabalhos hoje conhecidos será realizada por máquinas inteligentes suportadas pela Inteligência Artificial (IA).


Na área médica, por exemplo, há profissões que estão próximas de desaparecer. É o caso dos radiologistas que interpretam dados colhidos por máquinas ultramodernas, cujos laudos passarão a ser emitidos, de forma automática, a partir da interpretação desses dados por máquinas inteligentes com o auxílio da IA. Atualmente os dados colhidos são mostrados em imagens e estas são interpretadas pelos radiologistas que emitem os respectivos laudos.


No setor industrial, pesquisas demonstram que a automação (com a introdução de robôs) é a maior responsável pelo desemprego da classe média americana e não a exportação de empregos para o mundo asiático como chegou a ser afirmado pelo atual presidente dos EUA. Para cada novo robô introduzido na manufatura, seis trabalhadores perdem seus empregos.


Em contrapartida, novos postos de trabalho e
 novas profissões estão surgindo. Por exemplo, no setor de tecnologia da informação, mais recentemente, é na área de IA que se encontram as melhores oportunidades de trabalho (e de novos empreendimentos também). Dentre elas, profissionais com novos perfis para atuarem nas áreas de machine learning e big data.

Nos últimos anos surgiu o conceito de Eletrônica Médica, ou de Saúde Eletrônica. Os profissionais dessa área são aqueles que criam equipamentos para solucionar problemas médicos combinando o conhecimento de medicina e biologia com princípios e práticas de engenharia.


Nessas áreas, dentre muitas outras iniciativas, já existem trabalhos com o objetivo de se desenvolver sensores não-invasivos capazes de ler as atividades cerebrais de um indivíduo e traduzi-las para meios digitais, registrando de forma definitiva a sua memória em computadores. Este aprimoramento de memória será muito útil, especialmente para os portadores de Alzheimer e de outros tipos de demência.


Quase todos os setores e profissões serão afetados, criando um novo conjunto de problemas sociais, mas surgindo, também, um grande número de oportunidades. Saber gerenciar esses dois lados é o grande desafio para todas as nações.


Esse desafio, diferentemente do que ocorreu no passado quando a economia evoluiu de agrária para industrial e, mais recentemente, para a do conhecimento, está no tempo, no prazo em que ela está ocorrendo.


A revolução industrial se deu ao longo de séculos porém, as revoluções tecnológicas de hoje estão ocorrendo em poucos anos. Basta ver o que aconteceu com os mercados da fotografia, da música e da telefonia. Em poucos anos estas industrias foram totalmente transformadas.


E, nesse sentido, ao mesmo tempo em que estão surgindo novos postos de trabalho intelectualmente desafiadores, percebe-se que não estamos sendo capazes de treinar os trabalhadores que perderam os seus empregos na mesma velocidade dessas mudanças.



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