02 fevereiro 2019

DIA MEMORÁVEL. VAMOS COMEMORÁ-LO !

Em curva ascendente de seu processo de reconstrução política e administrativa, a pressão, as vozes das ruas, dos brasileiros contribuíram, mais uma vez,  para que o Brasil supere os entraves, os obstáculos que resistem a essa mudança.

Esse recado foi assimilado e colocado à público pela maioria dos senadores que elegeram o novo presidente do Senado Federal, após mais de 30 horas de sessões ocorridas nesta sexta-feira e neste sábado, primeiros dias do mês de fevereiro de 2019. 

Pela TV e pelas redes sociais, milhões de brasileiros acompanharam de perto o que lá no Senado se desenrolava e mantiveram a pressão para a renovação do comando da Casa por um político da nova geração.

Lograram êxito. Foi confortante ouvir, da maior parte dos senadores, os seus discursos e posicionamentos que traduziam os recados vindos desses brasileiros. 

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) mostrou em seu celular o resultado de enquete, em tempo real, apontando em qual candidato o senador deveria votar para presidente da Casa. Disse o Senador: “O meu voto seria para o senador Reguffe (sem partido-DF) de coração, mas os meus eleitores e os brasileiros pediram por 77% que eu votasse em Alcolumbre e será neste que irei votar".

O movimento #ForaRenan saiu-se vitorioso !

Tratou-se de impedir que o Senador Renan Calheiros, que representa, como um dos mais antigos políticos em exercício de mandato parlamentar da velha política,  assumisse a presidência do Senado Federal.


A maioria da sociedade brasileira não quer mais que um cidadão com a ficha do referido senador volte a ocupar a presidência do Senado Federal e, por consequência, a do Congresso Nacional.

O que a sociedade brasileira deseja, é que o referido senador, alvo de mais de uma dezena de inquéritos,  seja julgado, sem demora, pelo STF e, se condenado, tenha o destino previsto no Código de Processo Penal.

DIA MEMORÁVEL. VAMOS COMEMORÁ-LO !



5 comentários:

  1. Talvez que o resultado das urnas que demonstrou renovação esteja mostrando novos rumos.

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  2. Não se trata de Renan e sim da capacidade de negociação das reformas.
    Aguardemos os próximos capítulos.

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  3. Estou otimista não só pelos discursos e posicionamentos do novo presidente do Senado como, também, pelos mesmos motivos, do que vi/ouvi dos novos senadores. Que seja respeitada a maioria dos votos em plenário, nas futuras votações, em qualquer matéria. Que nenhuma delas fique mais no armário como, por exemplo, as propostas do senador Reguffe apresentadas em 2015 e outras há mais tempo. Que os relatores das matérias sejam escolhidos democraticamente e não por meio de conchavos e recebimento de propinas. Enfim, que nasça e sobreviva uma nova política sem os vícios daquela que há muito tempo deveria ter sido enterrada e que ainda podem ser encontrados em uma minoria de senadores como o Renan. Eliminadas as nocivas práticas políticas, que venham e sejam votadas as reformas e seja obedecida, respeitada a maioria expressa nas respectivas votações.

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  4. A propósito do comentário anterior, copio a seguir o artigo da jornalista Dora Kramer, "Ocaso dos caciques", publicado na Veja (03/02/2019), o qual expressa bem o novo momento político vivido no Senado Federal, bem como historia o destino dos caciques políticos das últimas décadas.

    O que será do Senado sob a gerência de Davi Alcolumbre só o tempo e as
    circunstâncias poderão dizer. Fato consumado, contudo, é que não só a derrota
    em si, mas a maneira pela qual Renan Calheiros foi limado do processo
    sucessório da Casa representa o fim de uma dinastia de caciques que já havia
    sido em larga escala dizimada pelas urnas.

    Ainda que um ou outro siga com mandato a mudança de ares teve o condão de
    lhes cortar as asas e as cordas vocais. Quem acredita que Calheiros terá
    garantido espaço de destaque como um grande lider de oposição ao atual
    governo, se esquece do derretimento de gente como Jader Barbalho que já deu
    as cartas na República, presidiu o Senado, voltou depois de ter sido obrigado a
    renunciar e de cumprir um mandato como deputado federal, mas nunca mais
    teve a mesma influência, hoje é mais um entre os 81 senadores e nada mais.

    José Sarney desistiu de tentar renovar o mandato ao se desgastar ao longo de
    três períodos na Presidência do Senado e Antônio Carlos Magalhães muito antes
    de ser abatido pela doença já tinha perdido a aura de "malvadeza" que lhe fez a
    fama. Renan Calheiros era um remanescente desse grupo que, à exceção de
    mandatos tampões decorrentes de renúncias circunstanciais, se alternou no
    comando do Senado nas últimas décadas.

    O senador até agora considerado imbatível no quesito dominação de apoios
    internos, foi vitima da própria arrogância que o impediu de perceber a mudança
    do rumo dos ventos. Achou que poderia renovar e dobrar a aposta. Tombou
    vitima de uma série de manobras que já havia aplicado quando no poder e que
    dessa vez foram adotadas contra ele. Subestimou o adversário e, com isso, levou
    junto o MDB que pela primeira vez em muitos anos está fora do comando do
    Poder Legislativo, campo essencial para a atuação do partido.

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