
Enquanto muitos professores dizem gostar de seu trabalho, eles não relatam que apreciam ficarem tarde da noite marcando papéis, preparando planos de aula ou preenchendo papelada sem fim. Nas escolas mais carentes dos Estados Unidos, por exemplo, a rotatividade de professores supera 16% ao ano. No Reino Unido, a situação é ainda pior, com 81% dos professores que consideram deixar o ensino por causa de sua carga de trabalho. Mais desanimador para os professores é a notícia de que alguns professores de educação chegaram a sugerir que os professores possam ser substituídos por robôs, computadores e inteligência artificial.
Entretanto, a pesquisa oferece um vislumbre de esperança em uma paisagem sombria. O relatório de 2018 do McKinsey Global Institute sobre o futuro do trabalho sugere que, apesar das terríveis previsões, os professores não vão embora tão cedo. A pesquisa estima que os professores crescerão de 5 a 24% nos Estados Unidos entre 2016 e 2030 e na China e na Índia, o crescimento estimado será de mais de 100%.

No Brasil já são 748 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), atuando desde o ensino básico ao superior. O maior desafio de algumas delas é penetrar no ensino público, cujos números de alunos são desafiadores. Segundo o INEP, são mais de 48,5 milhões de estudantes que frequentam o ensino básico no Brasil.
Por outro lado, existem no País outras questões, talvez até de maior gravidade, a serem enfrentadas. Elas dizem respeito a remuneração adequada do professor, a formação de novos professores, a reciclagem dos atuais e ao fornecimento dos instrumentos didáticos para motivarem os seus alunos a frequentarem as escolas.
A todas essas questões se aplica integralmente o que afirmou recentemente Andreas Schleicher, guru educacional da OCDE: "Nenhum sistema educacional pode ser melhor do que a qualidade de seus professores".