10 janeiro 2020

OS ÊXITOS DA CHINA NA ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Há 28 anos o PIB brasileiro era superior ao da China em US$ 102 bilhões  (462 x 360). Ao longo desse período, vimos aquele país nos igualar e, rapidamente, nos ultrapassar. O país pobre dos anos 1970 tornou-se a segunda economia mundial no momento atual. Perde apenas para os Estados Unidos.

Essa posição foi alcançada após a ascensão de Deng Xiaoping, no fim da década de 1970, que promoveu as grandes reformas na economia e abriu o país para o mundo. O país saiu da periferia para a posição de superpotência mundial.

O 19º Congresso do Partido Comunista Chinês, em outubro de 2017, aprovou o projeto de desenvolvimento até 2050. As diretrizes desse Congresso dialogam com a população chinesa, quando propõe que até 2020 seja uma sociedade modestamente próspera, isto é, dar fim à pobreza.

Os números publicados recentemente pelo Banco Mundial indicam que a China declarará, até o final deste ano, ter acabado com a pobreza no país. A China resgatou mais de 850 milhões de pessoas da pobreza desde o início das reformas econômicas em 1978. É mais do que toda a população da América Latina.

O crescimento econômico foi o grande remédio antipobreza na China, mas destaco, especialmente, a determinação de seus dirigentes ao fiel cumprimento de metas anunciadas quinquenalmente durante os Congressos do Partido Comunista. Por exemplo, Deng Xiaoping definiu a meta de quadruplicar, até 2000, o PIB chinês e o PIB per capita da China de 1980. Em 1995 o PIB havia crescido quatro vezes em termos reias, e, em 1997, o PIB per capita também. Novas metas de crescimento foram anunciadas e atingidas. 

Tais resultados reforçam a importância de um país ter seus projetos de desenvolvimento longos e duradouros, que apontem com clareza o caminho e os objetivos a serem alcançados. Uma visão estratégica de longo prazo. Que sirva de exemplo para o Brasil.

Um comentário:

  1. Em 40 anos, metade dos EUA ganhou só US$ 200 a mais. Desde os anos 1980, total de americanos em famílias da classe média (com renda anual próxima a US$ 78,5 mil) encolheu de 60% para 50%. Além do encolhimento da classe média e de seu gigantesco endividamento, isso tem levado a uma ampliação cada vez mais acentuada da distância entre os trabalhadores americanos e os chamados super-ricos. Em nenhum outro país do mundo houve uma inversão tão chocante da distribuição de renda como nos EUA das últimas décadas. Essa troca de sinal, iniciada nos anos 1980 e acelerada na década de 1990, coincidiu com a forte desregulamentação do mercado financeiro no país que engendraria, anos depois, a crise de endividamento de 2008-2009. Hoje, o 1% mais rico nos EUA captura o equivalente a toda a renda que antes ficava com a metade mais pobre. Essa, por sua vez, viu sua participação no total de rendimentos cair quase à metade, para 12,5%. Enquanto os super-ricos prosperaram, os EUA convivem há quase 40 anos com a estagnação da renda da sua metade mais pobre.

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