11 janeiro 2021

FRAGILIDADES NO ESPAÇO DIGITAL

O banimento permanente do perfil de Donald Trump no Twitter, realizado na última sexta-feira (8), reacende a discursão sobre o tamanho do poder das redes sociais e a falta de transparência sobre os critérios de quem deve ou não ter suas atividades suspensas nessas plataformas. Tanto que na União Europeia planeja-se regulamentar as empresas do setor de forma mais rígida. 

“O fato de um CEO poder desligar a conta oficial do presidente dos EUA (POTUS) sem qualquer controle e equilíbrio é desconcertante”, escreveu Thierry Breton, comissário da União Européia, em uma coluna para o site Politico. “Não é apenas a confirmação do poder dessas plataformas, mas também mostra profundas fragilidades na forma como nossa sociedade se organiza no espaço digital”.


AÇÃO E REAÇÃO

Ainda que o Facebook e outras empresas de redes sociais tenham também punido Trump, impedindo-o de usar suas plataformas, pelo menos, até o fim do mandato - após a invasão ao Capitólio por parte de seus partidários - o Twitter entrou no alvo após banir o mandatário norte-americano de forma permanente. 

Nesta segunda feira (11), além da queda de suas ações, queda de 7% - US$ 2,5 bilhões em valor de mercado - ter ocorrido de forma muito mais intensa em comparação aos seus concorrentes, a mídia dos EUA também informou que a polícia de San Francisco estava se preparando para um possível protesto de partidários pró-Trump do lado de fora da sede do Twitter.


DEMOCRACIA ILUSÓRIA

Criaram uma democracia ilusória, onde qualquer um tem total liberdade de expressão para dizer aquilo que a cartilha Progressista permite. O "homem mais poderoso do mundo" foi silenciado em uma rede social que mantém ativas as contas dos ditadores da Venezuela e do Irã."


É a conclusão a que chega Felipe Flamenghi, em seu artigo "Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras", e, ao seu final, ele enfatiza a responsabilidade das necessárias mudanças que a sociedade deve promover, afirmando: "Não serão os políticos que farão essa mudança. Seremos nós ou ninguém."

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