21 fevereiro 2021

PETROBRAS: O CONSUMIDOR IMPORTA MAIS QUE O MERCADO

O ex-presidente Roberto Castello Branco esqueceu do ditado popular - manda quem pode e obedece quem tem juízo - e que deve ser obedecido, diariamente, na hierarquia profissional de qualquer entidade/empresa. Ele como experiente gestor sabe disso há longo tempo. E nunca o deveria ter esquecido até porque o atual presidente da República tem sua formação militar onde tal princípio é cumprido à risca.

Mas o Castello Branco, não ficou só aí, foi mais longe. Selou sua sorte ao desdenhar do impacto de quatro aumentos nos preços dos combustíveis somente este ano. A sua declaração "eu aumento preços, nada tenho a ver com caminhoneiros" foi considerada uma provocação ao presidente Jair Bolsonaro, pois se sabe que só não houve greve de caminhoneiros, com graves consequências para o País, graças ao emprenho pessoal do Presidente.

Mercado


A mudança não afeta a estatal, sujeita à lei das sociedades anônimas, às regras das bolsas de valores, inclusive internacionais, e à Lei das Estatais, aprovada em 2018, que veda interferências. O presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a não interferir na política de preços da Petrobras, mas exigia que a estatal não invadisse a sua seara e que soubesse que o consumidor importa mais que o mercado. Roberto Castello Branco ignorou esse limite.


De seus eleitores, e até de opositores, Jair Bolsonaro recebeu aplausos por ter feito esta opção que se refletirá nos bolsos de toda a população brasileira.

3 comentários:

  1. A regra de seguir os preços mundiais é realmente para que gere lucro para os acionistas?

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    1. Sim, não está errado em buscar lucros para a empresa, valorizá-la, torná-la atrativa aos investidores e remunerá-los segundo as regras de mercado. É o que deve fazer todo gestor/empreendedor e aqueles que o fazem mantêm as empresas sadias. Quem faz o contrário, caminha para a falência.
      Entretanto, no caso da Petrobras estamos diante de outros fatores: a) em primeiro tapar o buraco deixado pela administração do PT que somavam dívidas imensas + de R$ 500 bi na saída da Dilma (https://eratostenesaraujo.blogspot.com/2018/11/apos-uma-gestao-sem-interferencia.html); b) ao mesmo tempo, a necessidade de se gerar superavit para investimento contínuo e obrigatório. Sem isto ela se torna inviável. O exemplo mais visível neste sentido está na Venezuela, o país com a maior reserva de petróleo do mundo e sua empresa, a PDVSA, quebrada após os governos bolivarianos de Chavez e Maduro, cuja economia do país dependia dos lucros da PDVSA para investimentos em outros setores: educação, saúde, ... No Brasil o cenário é completamente diferente, embora a saúde da Petrobras deva ser buscada de forma permanente, inclusive a auto-suficiência na exploração e refinamento do petróleo pois sua indústria, transporte, ... depende fortemente do diesel, gasolina e outros derivados. No mundo isto também ocorre e ainda vai durar muito tempo neste modelo. (https://eratostenesaraujo.blogspot.com/2015/08/ouro-negro-agora-e-ainda-por-muito-tempo.html).
      Porém, neste momento de pandemia, causando mortes e falência da economia não se pode pensar só em lucro. É hora e de se ficar no mano a mano, empatar receita e despesa e se necessário até mesmo escriturar eventuais prejuízos. O cobertor ficou mais curto. Faltou ao presidente que está saindo, o Castello Branco, essa visão holística.

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  2. A decisão do presidente Jair Bolsonaro de fazer a troca no comando da Petrobras está chamando mais atenção da opinião pública digital nesta 2ª feira (22.fev.2011) do que a perda de R$ 91 bilhões em valor de mercado registrada em 9 de março do ano passado, 2 dias antes da decretação da pandemia de covid-19 pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

    Em março, a preocupação estava relacionada com a potencial guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia. As ações da empresa caíram 28,5% em março passado e hoje, até as 11h30, a queda estava em 20%.

    Fonte: https://www.poder360.com.br/analise/nas-redes-bolsonaristas-se-reagrupam-e-defendem-presidente-apos-troca-na-petrobras/

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