19 dezembro 2023

Bolsonaro X Eleições 2026 (*)

Veja a receita divulgada por um mestre do ramo



“ A demonização dos adversários, sempre foi a tática preferida do PT, pois é a única forma de manter a polarização e receber os votos daqueles que passam a rejeitar os demonizados.

Tanto deu certo, que conseguiram ganhar diversas eleições, mas só se esquecem que com Bolsonaro de opositor, a demonização não terá o mesmo efeito, até porque diferente de FHC, Bolsonaro não é simplesmente um nome a ser abatido, mas uma ideia que não será simplesmente derrotada por um processo bobo de críticas dos adversários. Bolsonaro está vivo e muito vivo na política e, na mente daqueles que não aceitam serem governados pelo PT, principalmente pelo PT de sempre, porque se o PT tivesse aproveitado a oportunidade que a rejeição de Bolsonaro e o 8 de Janeiro lhe proporcionaram, talvez a história pudesse mudar. Como estamos vendo, Lula não mudou nada, porque não quis ou porque o PT não deixou, mas de qualquer forma as pesquisas vão constatando a sua queda lenta e contínua de retorno ao tamanho real do PT, de cerca de um terço do eleitorado. Bolsonaro se tornou inelegível, cometeu o erro de permitir que parte dos seus apoiadores no Congresso patrocinassem uma CPI suicida sobre o 8 de Janeiro, que jamais teria chances de atingir a quem quer que seja, que não fosse a eles mesmo, mas não se iludam, será ator decisivo nas eleições de 2026. A exemplo do que ocorreu com Lula em 2018, Bolsonaro será candidato a presidente em 2026, deixando a Justiça Eleitoral o julgar inelegível, negando o seu registro, fazendo igual Lula fez em 2018, sendo substituído na última hora por Haddad, mas conseguindo alavancar a campanha que acabou derrotada por Bolsonaro em 2º turno. A diferença foi que Lula se lançou candidato de dentro da cadeia e de lá não podia fazer campanha. Bolsonaro já está fazendo campanha o tempo todo e a sua campanha continuará até setembro de 2026, podendo na última hora escolher o seu representante nas eleições, que já estará no 2º turno, dependendo aí de outros fatores, para que o resultado seja favorável. Não se iludam que a história será escrita dessa forma, sendo que o candidato inscrito como vice na chapa de Bolsonaro, deverá ser o escolhido para representá-lo, exatamente igual ao ocorrido em 2018 com Lula. Não se espantem, se não estiver alguém com o sobrenome Bolsonaro como substituto da candidatura inelegível, pois a campanha já estará tão polarizada, que será muito mais fácil passar esse apoio para si mesmo (outro Bolsonaro), do que para qualquer outro que queira representar a direita ou o antipetismo. Quem viver verá. “

(*) Por Eduardo Cunha.

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