09 março 2024

Petrobras: o desastre previamente anunciado se tornou realidade

A semana se encerrou e com ela a confirmação de um desastre previamente anunciado, logo após o aparelhamento político da gestão petista na Petrobras, incluindo a violação da lei das Estatais e o Estatuto da própria empresa que vedava a nomeação de políticos e dirigentes partidários sem o interstício de pelo menos 36 meses no cargo anteriormente exercido. Nesse contexto foram nomeados o atual presidente da empresa e membros do Conselho de Administração.

As notícias de hoje, dão conta de que o primeiro ano de gestão do ex-senador petista Jean Paul Prates à frente da Petrobras, confirmou essa previsão previamente anunciada. 

Tal fato foi iniciado sob a desconfiança pelo mercado, e ele acabou confirmando as piores expectativas. Houve queda de 33,8% no lucro, redução de 8,7% nas vendas e até mesmo redução de quase 10% no valor das ações da empresa apenas nos últimos dias. 

Enquanto isso, as petroleiras do mundo inteiro bombavam com lucros anunciados da americana Exxon que cresceu 2,4%, da PetroChina (4,2% na Bolsa de Xangai), da inglesa BP  (1,62%). Maior petroleira do mundo, a Aramco, da Arábia Saudita, que tem valor de mercado superior a US$2 trilhões, cresceu 0,2%. 

A história vai se repetindo, praticamente idêntica a do período 2003-2016 e não foi por falta de alerta.



Recuperação (2016)

Em novembro de 2016, o País recebeu, com satisfação, as notícias de que Petrobras — símbolo do desenvolvimento e do avanço tecnológico brasileiros — começava a dar sinais de recuperação, depois da tempestade que teve de enfrentar com as denúncias de corrupção envolvendo sua alta direção, políticos e autoridades das mais variadas colorações partidárias. A empresa dá sinais de que está conseguindo sair do atoleiro em que se meteu durante as gestões petistas — o apadrinhamento político prevalecia em detrimento de uma administração profissional calcada em bases empresariais —, com a enxurrada de erros grotescos, e até mesmo crimes, na condução dos negócios da estatal.

Depois da troca do comando da empresa, com o afastamento dos apaniguados do PT e a volta de uma gestão profissional, só neste ano as ações valorizaram 160% e seu valor de mercado subiu três posições, ficando em oitavo lugar no grupo das maiores petrolíferas internacionais — em janeiro/2016 ocupava a 11a posição.

Outro registro

Neste caso, o pronunciamento do senador Jarbas Vasconcelos durante a CPI da Petrobras:

"Eu não posso aceitar que um partido que está com a sua ex-cúpula, com José Dirceu, o ex-capitão do time de Lula recolhido na Papuda. O tesoureiro do partido (Delúbio Soares), que meteu a mão, comeu dinheiro, está na Papuda. José Genoino, que foi líder do partido, está na Papuda. O João Cunha - que presidiu a Câmara -, na Papuda."

"Então, como é que um partido que tem a ex-cúpula dirigente - o capitão do time de Lula - na Papuda quer dar lições de moral para a gente aqui?"

Senador Jarbas Vasconcelos

Senado Federal, 02/042014



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