Ontem à noite, a Folha publicou mais uma matéria relacionada com a operação já denominada de VAZA-XANDÃO. Nela 'é revelado um caminho percorrido pelo celular de Eduardo Tagliaferro. membro da equipe de apoio do ministro Alexandre de Moraes. A reportagem é de Fábio Zanini, autor de todas as matérias divulgadas pela FSP até o momento.
Fábio reporta que o referido celular foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo e em seguida lacrado em maio do ano passado, após ele ter sido preso por suspeita de violência doméstica. O aparelho, um iPhone 14, tinha chips para duas linhas, uma de São Paulo e outra de Brasília. O celular foi devolvido a Tagliaferro seis dias depois, em 15 de maio, segundo o auto de entrega registrado pela delegacia seccional.
Contudo, essa nova matéria não afirma que os diálogos aos quais a Folha teve acesso foram obtidos do celular apreendido. Como já disse a Folha, em artigos anteriores, O maior volume de mensagens com pedidos informais –todas no WhatsApp– envolveu o juiz instrutor Airton Vieira, assessor mais próximo de Moraes no STF, e Tagliaferro, perito criminal que à época chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Tagliaferro deixou o cargo logo após ter sido preso, em 2023.
Tal fato reforça perguntas e curiosidades que estão em curso.
1) Como o jornalista Glenn Greenwald (também autor do primeiro artigo publicado pela FSP) obteve acesso aos diálogos (cabulosos) dos celulares das pessoas envolvidas, tendo como plataforma o WhatsApp?
No seu primeiro artigo, a Folha revelou que teve acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, entre eles o seu principal assessor no STF, que ocupa até hoje o posto de juiz instrutor (espécie de auxiliar de Moraes no gabinete), e outros integrantes da sua equipe no TSE e no Supremo.
2) Terá sido através do celular que esteve apreendido por um certo tempo na Polícia Civil de São Paulo?
3) Glenn Greenwald tem algum interesse particular em se redimir da Vaza-Jato, que trouxe toda a escória do submundo para o poder?
Cresce o debate e, a cada dia, fica mais evidente para a conscientização da população brasileira e do mundo, que um tribunal não pode se valer de sua força para atingir críticos sem o devido processo legal.
Mais uma pergunta/curiosidade: quem está por trás do Glenn? Dificilmente ele está isolado nesta empreitada.
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