09 novembro 2024

Manifesto petista: uma pauta que cheira a mofo

Hoje, o PT está realizando um evento que mira corrigir os rumos para a eleição de 2026. Contudo, o partido está se baseando numa pauta que cheira a  mofo, inclusive com citações a Cuba, a Venezuela e ao denominado imperialismo ianque.

Há hipóteses para esse encontro. Pelo pelo menos duas: 1) reconhecimento de que o partido foi derrotado pelo voto popular nas últimas eleições municipais; 2) desejar mais poder. Ter o comando dos três poderes é pouco. Esta hipótese tem íntima relação com a anterior: o PT admite que perdeu o povo, a massa popular, mas que mantém sua forte relação com a Faria Lima, embora pareça não lembrar que o seu amor e o de Lula não é mais o trabalhador. Como iludi-lo novamente, Nas entrelinhas, parece ser esse o tema do encontro. 

 

1. Continua atual o nosso Manifesto de Fundação, que atribuía ao PT a pretensão de “ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista”? 2. Como reconstruir nossos vínculos cotidianos com a classe trabalhadora, cuja maioria é composta por jovens, mulheres, negras e negros? 3. Como combater o racismo, o machismo, a homofobia, a misoginia, a transfobia e todas as formas de discriminação e preconceito? 4. Como combinar a atuação nas redes digitais e a reocupação das ruas, retomando as mobilizações populares? 5. Como revitalizar as organizações de base, entre as quais as associações de bairros, as entidades comunitárias e os sindicatos? 6. Como impedir que o PT se converta num partido sem democracia interna, controlado por parlamentares, governantes e atuante apenas nos períodos eleitorais? 7. Como estimular a filiação ao PT, garantindo que existam espaços de militância, com formação política, informação e real participação? 8. Como desenvolver projetos de formação política e de análise da realidade brasileira? 9. Como conciliar a necessidade de fazer alianças com a manutenção de nossos princípios e nosso programa? 10. Como democratizar a comunicação, combatendo o oligopólio da mídia e das big techs, em consonância com o que determina a Constituição Federal? 11. Como impedir que as grandes empresas de tecnologia violem nossa soberania digital, impondo uma ditadura algorítmica sobre as redes ditas sociais? 12. Como alterar os artigos da Constituição Federal, para que as Forças Armadas cumpram o papel de defender a soberania e respeitar a democracia, abstendo-se de participação política dentro e fora dos quartéis? 13. Como desmilitarizar as polícias, ou seja, como termos uma polícia que não use armas contra o povo, especialmente contra a população jovem, negra e periférica? 14. Como acabar com o controle que a direita e a extrema-direita exercem no Congresso Nacional? 15. Como travar o combate ao imperialismo, a começar pelo ianque, agora neste cenário aberto pela eleição de Donald Trump? 16. Como contribuir para a integração dos países da América Latina e do Caribe, em particular como ampliar a solidariedade com Cuba e retomar as boas relações com a Venezuela? 17. Como massificar os movimentos de solidariedade ao povo palestino e intensificar a atuação internacionalista do Partido? 18. Como estabelecer a soberania democrática sobre o Poder Judiciário? 19. Como adotar políticas de governo que libertem o Brasil da ditadura do capital financeiro e da condição de país primário-exportador? 20. Como superar as amarras do Novo Marco Fiscal, do déficit zero e dos cortes orçamentários? 21. Como trilhar um caminho que transforme o Brasil numa nação soberana e desenvolvida, com bem-estar social e liberdades democráticas, onde não haja exploradores nem opressores, um país socialista?

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