25 junho 2025

Haja Fôlego ou é melhor ir para Assunção?

    O título acima e sua possível resposta se encontram no artigo publicado nesta segunda-feira, cópia mais abaixo. Entre outras coisas que se possa discutir, o assunto nos traz um mote para se falar, de uma maneira mais ampla, sobre o momento atual vivido pelo Brasil, cuja denominação não precisa de muitas palavras e, bem ao contrário,  de apenas uma: CRISE.

    Olhando-se para o mundo encontraremos o registro histórico de crises em todos os continentes. Duas delas são mencionadas desde o ensino fundamental: A grande depressão, 1930-1933 - e a Guerra Fria, iniciada logo após o fim da IIGM. Entretanto, mais importante do que lembrar as suas denominações, é recordar a denominação dos grandes planos para solucioná-las, New Deal e Plano Marshall, respectivamente. Em comum entre os dois planos estão a presença de uma grande Nação, os EUA, e, principalmente, de lideres que os conceberam e/ou os conduziram: do presidente americano Franklin Delano Roosevelt e George Marshall, Secretário de Estado do presidente americano Harry Truman.

    Nesse mesmo período histórico, o Brasil foi lembrado, por Emil Farhat, com o que aqui aconteceu nos primeiros dez anos após o rasteiro fascismo do "Estado Novo". 

[...] "Nessa década, o crescimento da renda nacional chegara a atingir a sólida cifra de 7% ao ano. Com esse algarismo estimulando sua capacidade criadora, homens de empresas brasileiras e estrangeiras "apostavam" no futuro do Brasil somas que chegaram a atingir 500 bilhões de cruzeiros (valor de 1960), de novos investimentos. Isso ampliava continuamente o mercado de trabalho, garantindo emprego certo e esperançosas oportunidades para o quase MILHÃO de jovens que, anualmente, estavam "chegando para a vida" no País. O Estadão publicava um suplemento dominical no qual havia a média semanal de até 40 páginas oferecendo empregos qualificados. Caía no Brasil vinda da América, da Europa e da Ásia uma média de 350 milhões de dólares, em capital de risco e de empréstimos. E não para por aqui. Em 1962 o Brasil possuía 20 vez mais automóveis do que a China com 700 milhões de chineses. Foi então que surgiu na vida pública brasileira um tétrico e inacabável período de grandes contrafações políticas, começando com a renúncia de Jânio Quadros. Nada então poderia ter sido melhor para os comunistas. Era como eles queriam: o poder caía inesperadamente em mão despreparadas, inexperientes e que não aceitavam nem o desconforto, nem as inibições oriundas de quaisquer tipos de escrúpulos."

     A crise logo chegou ao Brasil, os investimentos sumiram, a classe empresarial e os trabalhadores logo sentiram suas consequências e só começou a ser estancada em 1964. A partir de 2023 e mesmo antes, o filme recomeçou a gravação interrompida em 31 de março de 1964.

    Em períodos mais recentes, seu resumo está neste vídeo. Assista-o.



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As dificuldades da Base Industrial de Defesa em exportar e avançar no mercado internacional 

Nelson During
Editor-chefe DefesaNet

23 de junho de 2025 - Atualizado 15:16

1 – Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?

As principais empresas da chamada Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), produção de armamento e munição do Brasil começam a olhar e planejam deixar o país e mudar para o Paraguai.

O motivo não seria somente a energia barata e impostos mais baixos além de uma lei trabalhista mais branda. Segundo um importante gestor do setor, as empresas estão simplesmente embretadas em uma batalha surda, sutil e quase sadomasoquista, mas mortífera nos gabinetes de Brasília.

O campo de batalha, em um jogo no qual as empresas estão perdendo contratos duramente conquistados por não estarem recebendo licenças de exportação do Ministério das Relações Exteriores  (MRE). Mesmo apresentando documentos e certificados de usuários finais (End User), as exportações estariam sendo atrasadas ou embargadas pela burocracia do governo brasileiro e os clientes internacionais cancelando os contratos. “Viajamos pelo mundo, participamos de feiras e promovemos nossos produtos. Quando conquistamos um importante negócio não conseguimos trabalhar”.

2 – Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?

Outro ponto que após conseguir a licença de exportação é a obtenção de garantias bancárias. Nas negociações de defesa há a troca de garantias, tanto de quem compra como para o que vende.

Aqui não importa o cadastro bancário da empresa, mas sim as “compliances” das entidades financeiras. Não importa o VP Geraldo Alckmin declarar apoio e o primeiro nível do BB, BNDES, etc.  jurarem apoio pois o terceiro escalão boicotará firmemente. Tudo em nome de uma entidade “limpinha” e “imaculada”.

– Indústria de Defesa move-se para o Paraguai?  

Após ter folego jurídico, político e financeiro, para completar esta maratona a análise no MRE a Secretaria de Assuntos Multilaterais Políticos (SAMP), com o Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento (DDEF)   

Sim, deveria ser esse, o roteiro final, mas agora surge o Monte Olimpo, siga a nova trilha:
 
a – após o DDEF o assunto sobe à Secretaria Geral do MRE;
b – depois ao próprio Gabinete do Ministro, e no caso atual,
c –  a decisão última vai ao Palácio Planalto com o Conselheiro Internacional Celso Amorim e certamente o próprio Presidente Lula (que já vetaram operações de interesse das Forças Armadas).

Final – Haja Fôlego ou é melhor ir para Assunção?


Afinal o mote da Tecnocracia de Brasília é de não vender equipamentos de Defesa ou Segurança para países ou regiões que tenham conflitos. 

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