15 outubro 2025

Câmara suspende ação penal contra o deputado Gustavo Gayer

 


    Hoje, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido do PL para suspender ação penal contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) no Supremo Tribunal Federal (STF).

    O pedido de suspensão de ação penal foi relatado pelo deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR).

    Gayer é acusado de injúria, calúnia e difamação em ação movida pelo senador Vanderlan Cardoso (GO), atualmente licenciado do mandato, após vídeo publicado pelo deputado federal no Instagram em fevereiro de 2023.

    Inconformado com o resultado da eleição da Mesa do Senado, Gayer fez diversas críticas (consideradas ofensivas) a Vanderlan e ao STF.

    Com esse resultado o plenário da Câmara dos Deputados honrou o artigo 53 da Constituição Federal, que garante a inviolabilidade dos parlamentares por suas opiniões, palavras e votos.     Ao aprovar a sustação da ação penal a Casa reafirmou um princípio basilar da democracia: a sumpremacia da liberdade de expressão no exercício do mandato.

    Essa decisão reafirma o princípio da separação dos Poderes e a imunidade parlamentar, garantias que protegem o mandato popular e o direito de representação.

Mais uma vitória de Trump. A Suprema Corte dos EUA confirma poder do Presidente



    Com uma votação de 6 a 3, a Suprema Corte dos Estados Unidos detonou o alicerce da imunidade burocrática. A Corte restaurou o poder constitucional do presidente Donald Trump para remover comissários rebeldes de agências federais. Pela primeira vez em noventa anos, o presidente pode “limpar a casa”. As muralhas da tirania burocrática começaram a rachar.

    Desde 1935, a Presidência americana vivia sob cativeiro, após a criação de um escudo jurídico em torno de burocratas não eleitos que se escondiam dentro das chamadas “agências independentes”. Eles não podiam ser demitidos. Nem pelo Congresso. Nem pelo povo. Nem pelo próprio Comandante em Chefe. Eram os castelos do Estado profundo dentro do governo: protegidos, intocáveis, escrevendo regras com força de lei, sem prestar contas a ninguém.

    Essa era terminou nesta semana. Em uma decisão inesperada, mas que entrará para a história, a Suprema Corte confirmou que Donald Trump possui autoridade constitucional plena para demitir os comissários democratas Mary Boyle, Richard Trumka Jr. e Alexander Hoehn-Saric da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo (Consumer Product Safety Commission).

    O tribunal lembrou à nação que o poder executivo pertence somente ao presidente — não às agências, não aos conselhos, nem a advogados anônimos entrincheirados no sistema que vinham agindo como impérios particulares.

    Durante décadas, essas estruturas não precisavam vencer eleições — bastava controlar quem permanecia nos bastidores. Com lealdades pessoais incrustadas em cargos intocáveis, garantiram que sua agenda sobrevivesse a qualquer presidência.

    O golpe silencioso iniciado há noventa anos foi finalmente revertido. O Estado não eleito já não se sobrepõe ao Estado eleito. Se Trump usar esse poder — e ele usará — toda a arquitetura da governança paralela desmoronará. Agências que armaram políticas por ideologia serão destituídas. Infiltrados políticos serão removidos. O exército invisível do Estado Profundo está, pela primeira vez, ao alcance. O Partido das Sombras que uniu as forças de extrema esquerda e "progressista" sob o comando de George Soros  não sobreviverá.

    Trump agora segura o machado.

O recado de Trump


 
    Na lógica americana, liberdade não é retórica. É critério econômico. Quem censura e persegue adversários passa a pagar mais para negociar.

   Questionado sobre a tarifa de 50% contra o Brasil, Jamieson Greer disse que apenas 10% são tarifa-base. Os outros 40% foram aplicados por censura judicial, perseguição à oposição e violações ao Estado de Direito, citando juízes brasileiros que atuam contra empresas americanas e adversários políticos. O alvo tácito é o STF sob Alexandre de Moraes.

    Scott Bessent, do Tesouro, citou ainda pedido de prisão ilegal de cidadãos americanos no país. Segundo eles, esse comportamento tem custo.
    A IEEPA, lei usada pelos EUA para punir regimes que atacam liberdades civis, autoriza restrições comerciais e bloqueio de transações contra governos vistos como ameaça à liberdade. Ao ser citada nesse contexto, o Brasil passa a ser tratado como economia sob suspeita.



12 outubro 2025

O Brasil tem pressa


Imagem de autor desconhecido 

    A imagem fala por si mesma e relembra ao povo brasileiro as manobras jurídicas e políticas que foram realizadas no antro dos gabinetes palacianos para colocar Lula de volta no Palácio do Planalto. Dia a dia a verdade vai surgindo e mostrando como a oportunidade do Brasil ingressar no mundo desenvolvido foi e está sendo desperdiçada.

    As gerações futuras não irão perdoar os responsáveis e participantes  de tudo isto que está acontecendo no Brasil atual e de fácil registro para a história do País. Serão tristes para a Nação e para o mundo a leitura do curriculum vitae de cada um deles. Vaidosos como são, espero que eles não ultrapassem a vida antes da possível leitura de seu respectivo CV, cujo conteúdo jamais será destruído. Com alguns desses personagens isto já está ocorrendo, inclusive já estão tomando conhecimento das denominações com as quais passaram a ser identificados em todo o mundo.

    O Brasil tem pressa. O ambiente político deve retornar a sua normalidade e suas instituições voltarem a funcionar conforme previsto na Constituição de 1988 e os brasileiros retornarem  a acreditar no futuro do Pais. Anistia já.

11 outubro 2025

Nobel da Paz foi um tapa na cara do Lula


    O Nobel da Paz deste ano foi para Maria Corina Machado, uma mulher que enfrentou a ditadura de Maduro e se tornou símbolo da resistência democrática na Venezuela. Foi uma bela surpresa e um recado direto aos ditadores.

    E ironicamente, esse Nobel foi um tapa na cara do Lula, que sonha com o prêmio e segue protegendo o ditador venezuelano que destruiu o país. Inclusive, foi o mesmo Lula que, anos atrás, mandou Maria Corina “parar de chorar” quando ela denunciava as injustiças do regime.     Para o Comitê do Nobel, ela é uma defensora icônica dos direitos humanos. Maria Corina representa coragem, liberdade e esperança, tudo o que os populistas autoritários desprezam.

    A vitória de Corina Machado repercutiu nos corredores dos Palácios do Planalto e do Itamaraty com certa decepção. Ao Estadão, o embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, afirmou que o prêmio adotou um viés político e que o preocupante é qual será a consequência prática da láurea. Há receio de que o Nobel possa estimular uma invasão à Venezuela. Ele entende que a visão da premiação ainda é muito “europeia” e “distante” da realidade venezuelana in loco.


A árvore brasileira do Século XXI

    A semana termina com mais uma notícia que envergonha o Brasil e não foi a única. Desta vez o pronunciamento oficial americano sobre a mentira (proposital?) utilizada pelo STF para manter preso, até hoje, Filipe Martins. Outras do mesmo gênero estão relacionadas aos depoimentos de Eduardo Tagliaferro. Em comum a mesma origem, cuja definição precisa se encontra no conceito de uma árvore no âmbito da Teoria dos Grafos. Um grafo em árvore é um tipo especial de grafo sem ciclosconectado, e hierárquico — muito usado para representar relações de dependência.

    Pois bem, as notícias citadas sobre Eduardo Tagliaferro e Filipe Martins são exemplos perfeitos (não as únicas) da árvore brasileira do século XXI. Com elas não é difícil a identificação do nó especial denominado raiz e, sucessivamente, os demais nós até as respectivas folhas.

Texto original

Texto original

    A árvore nos traz, por exemplo, resposta para a pergunta do momento: por que o sistema insiste em ignorar as denúncias de Eduardo Tagliaferro contra Alexandre de Moraes e a PGR? E pior: por que o deixa ser investigado e processado pelos próprios denunciados? Suas denúncias não são triviais e partem de alguém de dentro (um nó da árvore), que testemunhou e participou dos fatos denunciados. Que democracia é esta que insiste em investigar o mensageiro, no lugar da mensagem?

    “A quem exatamente eu iria denunciar?”, perguntou Eduardo Tagliaferro, dias atrás. Ele depôs três vezes no Congresso, fez denúncias graves e diz ter provas. O resultado é curioso. Ao invés de investigar o que ele diz, é ele o investigado. Contas bloqueadas, pedido de extradição e tudo que sabemos. Como quase tudo no Brasil dos últimos anos, seu caso caiu na vala comum da guerra política. E isto não deveria ser assim.     Nos Estados Unidos há o Whistleblower Protection Act, que protege cidadãos com denúncias relevantes. É assim que funciona, em grandes democracias. No Brasil, vemos o contrário. E no fundo é isso que incomoda. Uma democracia pode viver com os gritões de redes sociais e mesmo com uma mídia que muito pouco investiga. Mas não com um aparato de Estado que recusa a investigação de si mesmo. Que opta pela lógica confortável do “não saber”. Lógica algo estranha, vamos convir, para a democracia republicana que um dia imaginamos construir.

07 outubro 2025

Terá sido mesmo uma vitória diplomática?


    Lula e a imprensa estatizada tentaram apresentar um telefonema amistoso como vitória diplomática. Porém, não tardará a descobrir (se é que já não descobriram) que Lula não foi convidado para uma conversa - e sim convocado para um interrogatório.


     A ligação entre Lula e Trump, anunciada em tom de “cordialidade” e “respeito mútuo” nesta segunda-feira, 6 de outubro, rendeu boas manchetes em Brasília - mas o que se desenha nos bastidores é outra história: um reposicionamento direto e duro na relação entre os Estados Unidos e o regime petista. Trump não designou um economista como interlocutor, mas o czar da política externa americana, Marco Rubio - um gesto que, em diplomacia, é visto como advertência.

    Escolher o secretário de Estado, e não os titulares do Tesouro (Scott Bessent) ou do Comércio (Howard Lutnick), é uma jogada calculada. O problema dos EUA com o Brasil não é mais a tarifa - é o regime. Para Washington, as tarifas são a isca e as concessões políticas, o verdadeiro objetivo. 
    Como se sabe, Rubio, filho de exilados cubanos e veterano das batalhas contra o socialismo no continente, conhece cada fio da teia que liga o PT a Cuba, Venezuela, Nicarágua e Pequim. Para ele, Lula não é apenas um presidente, mas um elo ativo entre regimes autoritários.

    O Planalto entra na negociação já de joelhos, sem força política, enquanto a economia enfraquece: as exportações para os EUA caíram quase 20% desde o início do tarifaço. Para compensar, o governo ampliou as vendas à China, como se dissesse a Washington: “Se vocês fecham as portas, eu me viro com Pequim.” Mas, do ponto de vista americano, essa reação apenas confirma o diagnóstico de Trump e Rubio - o Brasil age como satélite de regimes autoritários, trocando influência econômica por submissão política.



06 outubro 2025

1000 dias de rombo, impostos, corrupção e muito mais


Acima a capa da revista resume o governo petista. Obviamente, tal resumo pode ainda ser ampliado com outros fatos de uma lista sem fim, como, por exemplo, os citados abaixo.

O governo Lula destinou milhões para ONGs esquerdistas sem qualquer critério técnico, subvertendo o interesse público com o fim óbvio de financiar o projeto de poder lulopetista. 

No terceiro mandato de Lula da Silva, os repasses federais a ONGs bateram recordes, saltando de R$ 6 bilhões em 2022 para R$ 13,9 bilhões em 2024, através de uma engrenagem informal de financiamento público a estruturas politizadas ligadas ao PT e seus satélites, afrontando os princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade e eficiência.

O caso da ONG Unisol é exemplar. Ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço político de Lula, ela firmou oito convênios, totalizando R$ 19,1 milhões. Um deles, de R$ 15,8 milhões, previa a remoção de lixo em terra yanomami, a 3 mil quilômetros de distância da sala de 40 metros quadrados no subsolo do sindicato onde está sediada a ONG. O dinheiro foi transferido em parcela única, antes mesmo do início das atividades. A avaliação técnica que aprovou o projeto foi contestada por divergências entre pareceristas. O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu os repasses.

As suspeitas se multiplicam. O Programa Cozinha Solidária, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, destinou R$ 5,6 milhões a uma ONG chefiada por um ex-assessor dos irmãos Tatto (PT-SP). Relatórios sugerem que entidades subcontratadas – também ligadas a petistas – assinaram recibos por milhares de marmitas não entregues. Empresas do próprio presidente da ONG e de seu sobrinho foram contratadas com verba pública, em flagrante conflito de interesse.
No Amazonas, o Iaja – fundado por Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT – foi autorizado a receber R$ 1,2 milhão para capacitação de jovens. Uma auditoria do Ministério do Trabalho revelou o uso indevido de 97% da verba, ausência de cotação de preços e contratos vagos, sem critérios de fiscalização. Em áudio privado revelado pela Internet, Moura afirma que a ONG serviria à sua campanha a vereadora. A Mídia Ninja, rede ativista de esquerda, opera projetos com ONGs dirigidas por militantes e ex-assessores de políticos, que já receberam R$ 4 milhões do governo.
As digitais do lulopetismo estão por toda parte. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, o Planalto alterou a regra que exigia a devolução de bens adquiridos por ONGs em caso de desvio de finalidade.
A cláusula, presente há 15 anos, funcionava como salvaguarda patrimonial. Mesmo em meio a denúncias e alertas técnicos para riscos à moralidade e à eficiência, o Executivo optou por flexibilizar os controles em vez de fortalecê-los.
É um padrão coerente com a velha estratégia do PT: governar como se a vitória nas urnas lhe concedesse não só o comando do Executivo, mas a posse do Estado – uma visão instrumental do poder que rompe princípios republicanos e impõe uma hegemonia travestida de justiça social. Seja ao distribuir cargos em estatais, seja ao criar “comitês culturais” sob direção de militantes petistas, seja ao financiar ONGs “companheiras”, o objetivo é sempre o mesmo: aparelhar estruturas públicas para consolidar poder.
Em evento no ano passado, Lula afirmou que os comitês de cultura servem para “enraizar aquilo que a gente acredita”. Seminários da Unisol, bancados com R$ 400 mil da União, promovem a tese de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um “golpe”. Outra verba, de R$ 200 mil, enviada por emenda do deputado Nilto Tatto (PT), financiou uma “feira de esquerda, pela esquerda, para a esquerda”.
O governo deveria ser “do povo, pelo povo, para o povo”, conforme a célebre definição de Abraham Lincoln para a democracia. No Brasil, contudo, esse conceito está sendo pervertido por um projeto de poder que aparelha a máquina pública e destina recursos do contribuinte a entidades controladas por aliados, para fins flagrantemente partidários.

É preciso reafirmar que, na república brasileira, o governo deve ser do povo – não de uma facção.

05 outubro 2025

Yvonne Elliman

 



    Yvonne Marianne Elliman (Honolulu, 29 de dezembro de 1951), mais conhecida como Yvonne Elliman, é uma atriz e cantora estadunidense.

    Fez muito sucesso da década de 1970, principalmente no papel de Maria Madalena na ópera rock Jesus Christ Superstar, primeiro no teatro, em 1971, e depois no filme dirigido por Norman Jewison em 1973. Nesse filme interpretou, entre outras, a canção I Don't Know How To Love Him, um grande sucesso. 

    Além dessa canção, teve outro grande sucesso na canção "If I Can't Have You", composta pelos Bee Gees e que fez parte da trilha sonora do filme Saturday Night Fever (no Brasil, Os embalos de sábado à noite) de 1977 e estrelado por John Travolta. 

If I Can't Have You 


   Em 1979 participou da trilha sonora do filme Moment by Moment (também estrelado por Travolta e por Lily Tomlin), atuou em um episódio dividido em duas partes da série de TV estadunidense Hawaii 5-0 e gravou seu último disco quando decidiu interromper a carreira bem sucedida para se dedicar à família. 

    Retornou em 2004 com o álbum Simple Needs, com canções compostas e produzidas por ela mesma. Atualmente faz shows de maneira regular, principalmente em Honolulu.










04 outubro 2025

Não há novidade. O STF continuará como ator político



    O Brasil inteiro, e o mundo também, sentem-se incomodados de terem de continuar falando sobre o que está acontecendo e se repetindo no País. Lá se vão mais de seis anos e não há superficialidade no que é dito embora a palavra-chave, a keyword seja a mesma: STF.

    Durante a semana que se encerrou os comentários disseram respeito aos pronunciamentos do ministro que deixou a sua presidência e daquele que a assumiu e vai presidir o STF pelos próximos dois anos.

    O que saiu explicou que “na pandemia, o Supremo interveio para autorizar os estados e municípios a adotarem medidas que a União não tomava”. Isto é, autorizou, sem poderes para isso, governadores e prefeitos a abolirem cláusulas pétreas como os direitos de ir e vir, de reunião, de trabalho, as prisões arbitrárias. Explicou, nas entrevistas, que o Supremo se uniu contra o voto impresso “porque era um dos pilares do golpe”. Que o “Supremo se uniu para evitar o golpe”.

    
O que entrou, Fachin, repetiu diversas vezes que se deve respeitar a Constituição. Portanto, o inconsciente dele sabe que a Constituição foi desrespeitada muitas vezes. Também repetiu o objetivo de “segurança jurídica”, reconhecendo que não temos isso, e reforçou: “As pessoas precisam ter razões para confiar no sistema de justiça”. Tendo como vice um punido por violar direitos humanos fundamentais, Fachin ainda instou o Supremo a “reafirmar seu compromisso com os direitos humanos fundamentais.” Nesse confessionário, encerrou o discurso com “o presente nos interpela”.

    O que rendeu manchete, do discurso de posse, foi “Ao Direito, o que é do Direito. À Política, o que é da Política” — parafraseando o evangelho. Terá Fachin feito um discurso de posse como o de Hugo Motta, que brandiu a Constituição, mas já no dia seguinte mostrou que foi apenas teatral, ficção? Foi a pergunta que mais se ouviu.

    Não há novidade de fundo. Fachin compartilha com Barroso a mesma visão. Ambos veem o STF como ator político, impregnado pelo espírito revolucionário, pela lógica da democracia militante. A diferença é o estilo. Enquanto Barroso preferia slogans e palcos, Fachin prefere o silêncio acadêmico e a discrição de quem faz mais do que fala. Mas o conteúdo é o mesmo: um Supremo que relativiza direitos naturais e amplia seu protagonismo político. A posse de Fachin sinaliza um caminho previsível que aponta para a expansão de uma agenda socialista que relativiza pilares da ordem constitucional.

    Enfim, não houve mudança de ideologia, apenas mudança de tom. E talvez seja justamente essa a maior ameaça. É que, quando a ditadura veste toga, o perigo pode chegar em forma de anúncios públicos ou de silêncio solene.

01 outubro 2025

O Brasília Palace Hotel é um patrimônio histórico de Brasília mesmo sem tombamento concluído.

    Antes do projeto do arquiteto e urbanista Lúcio Costa ser escolhido para o Plano Piloto de Brasília, duas edificações já estavam projetadas por Oscar Niemeyer : O Palácio da Alvorada e o Brasília Palace Hotel. Todos os participantes do concurso para o Plano Piloto receberam a orientação de projetar a cidade sabendo que naquela localização haveria o Palace Hotel e o Palácio. Portanto, ambos são importantíssimos para a História de Brasília. 

    Em 1973, um incèndio destruiu o hotel, que ficou por décadas em ruínas. Até que nos anos 90  o empresário Paulo Octávio em um gesto louvável restaurou o hotel histórico. 

    Mas, o gesto louvável de restauração veio acompanhado de outro ( nem tão louvável assim)  que feriu de morte o projeto original de Lúcio Costa para  a cidade e, inacreditavelmente foi  aprovado pelo Conselho de Preservação da época e pelo IPHAN : A criação de um lote na frente do Brasília Palace e a construção de outro hotel modificando completamente a paisagem que já era tombada e declarada patrimônio mundial.

    No projeto original do Dr. Lúcio,  o hotel histórico tinha uma vista livre para o Alvorada que foi prejudicada. Mesmo sob protestos da arquiteta Maria Elisa Costa e do arquiteto Carlos Magalhães, o fato foi consumado. 

    O novo hotel, projetado por arquiteto  renomado foi construído entre o Palácio da Alvorada e o Brasília Palace, e sua arquitetura contemporânea se  integrou à paisagem de forma tão harmônica quanto uma azeitona num prato de feijoada ou um quibe num tabuleiro de acarajé. 

    Mas, apesar de tudo a  população de Brasília estava feliz porque pelo menos o hotel histórico, que tem arquitetura de Oscar Niemeyer e obras de Arte de Athos Bulcão foi restaurado  com a máxima originalidade possível. 

    Anos se passaram e, inacreditavelmente, o Brasília Palace Hotel não foi tombado individualmente. Mesmo sendo reconhecidamente  histórico por sua arquitetura,  por ser o prineiro hotel da capital, por fazer parte de momentos históricos da cidade como os primeiros bailes, o prineiro concurso de miss, e, por hospedar personalidades importantes da História como princípes, presidentes, reis e rainhas além de artistas consagrados. 

    O processo de reconhecimento por órgão responsável pelo tombamento até teve tramitação com parecer técnico aprovado para dar prosseguimento ao tombamento, mas  no meio do caminho foi arquivado. 

    Agora o empresário que restaurou o prédio mantendo sua originalidade quer descaracterizá-lo  para ampliar seus negócios sob o pretexto de que ele não está tombado e pasmem, sem que os orgãos de preservação nacional  e local se oponham.

    Mesmo que o tombamento do Brasília Palace Hotel  não tenha sido concluído, isso não significa que ele não tenha valor histórico e arquitetônico. Não compreendo os pareceristas do IPHAN que permitem a ampliação do hotel e preferem o parcialmente original ao totalmente original, ou o parcialmente histórico ao totalmente histórico. 

    A população de Brasília vai permitir a descaracterização do primeiro hotel da cidade por causa de interesses econômicos empresariais? 

    O lucro vale mais que a preservação da História da Capital do País que é patrimônio cultural da humanidade?

    O que vale mais para o empresário que tem filhos que carregam o peso do nome do fundador de Brasília? O lucro ou a preservação da História? O lucro ou o legado arquitetônico original de Oscar Niemeyer? É aceitável que quem sempre lucrou tanto com a cidade mude de ideia em relação a preservar a originalidade de um prédio tão importante para a História da capital do país?  

    Fica o questionamento de quem ama Brasília, protege o seu tombamento , a sua História e respeita o legado dos seus fundadores.

LEILIANE REBOUÇAS
Coordenadora do Movimento Guardiões de Brasília Patrimônio da Humanidade


Crédito da foto:  Grupo Memória  de Brasília no Facebook.



27 setembro 2025

Tina Charles





    Tina Charles é uma cantora britânica que alcançou sucesso como intérprete do gênero disco na década de 1970.

    Iniciou sua carreira como "backing vocal", participando em 1969, aos 15 anos de idade, em um disco de Elton John. Mais tarde, em 1975 foi a voz principal de um grupo chamado 5000 Volts que lançou o sucesso disco I'm On Fire. A música alcançou o quarto lugar nas paradas de sucesso britânicas e 26o nos EUA, e a voz de Tina Charles foi considerada a melhor do grupo.


    A seguir, ela partiu para carreira solo. Sua gravação seguinte I Love To Love (But My Baby Loves To Dance) ficou por três semanas em primeiro lugar na parada britânica em 1976. Continuou a lançar músicas que fizeram sucesso, como Love Me Like A LoverDance Little Lady DanceDr LoveRendezvous , Love Bug e Go, tornando-a uma estrela na Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, porém ela nunca conseguiu grande sucesso nos EUA.


    Por volta de 1979 sua carreira estava em declínio, coincidindo com o declínio do gênero disco. Charles decidiu abandonar a música e cuidar da família. Tentou retornar em meados da década de 1980, porém com pouco sucesso. Desde 2000, porém, tem feito shows pela Europa, onde o estilo de música disco tem sido retomado.

    E em 2008 lançou seu mais mais novo álbum, intitulado Feels Like Sunday, com regravações de músicas escolhidas pela própria Tina, incluindo novo arranjo para seus maiores sucessos, I Love To Love e Dance Little Lady Dance.



    Em 2015, a voz de Tina Charles voltou em grande estilo, tendo I Love To Love como tema musical da série River, produzida pelo canal de streaming Netflix.


Fontes: Wikipedia, Youtube

Trump esvazia estratégia eleitoral de Lula

 



    
O confronto com um inimigo externo apoiado por seus adversários de 
direita na política nacional se tornou a base para a campanha de Lula pela reeleição em 2026. No melhor estilo venezuelano, Lula tenta justificar o fracasso da economia colocando a culpa no imperialismo americano.

    A passagem de Donald Trump pela Assembleia Geral da ONU, nesta semana, colocou um ponto final na estratégia eleitoral de Lula, que vinha explorando a tensão com os Estados Unidos para estancar sua impopularidade. 

    Na tribuna, Trump fez aceno claro a Lula e se colocou à disposição para conversar sobre questões envolvendo os dois países. Discurso que contrastou com as falas do ex-presidiário na mesma tribuna, cheias de referências negativas à gestão norte-americana.

    Sem mencionar diretamente Trump, Lula marcou diferenças nas áreas geopolítica, comercial e ambiental, em meio à escalada das tensões entre Brasil e Estados Unidos. Mas foi surpreendido pela fala que o sucedeu, justamente a do presidente americano.

    Um encontro de alguns segundos e uma fala de poucas linhas foram capazes de derrubar a narrativa lulista do "nós contra eles". 

    Após o encontro brevíssimo que Lula e Trump tiveram nos bastidores da tribuna, o líder americano disse ter “gostado” de Lula e acenou para a aproximação. Este foi o primeiro encontro dos dois presidentes desde a volta de Trump ao poder neste ano


20 setembro 2025

O conceito gramsciano foi definitivamente implantado no Brasil

    Amanhã (21) lula e o PT organizam manifestações contra o PL da anistia que poderia libertar Jair Bolsonaro. Os cartazes indicam que figuras populares brasileiras são genuinamente contrárias à lei de anistia.



    Desde que voltou ao poder em 2023, lula desembolsou gastos culturais recordes. Bancos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, juntamente com programas de incentivo federais, financiam turnês, festivais e shows. Para os artistas, o acesso a esse canal impulsionam suas carreiras, ops suas finanças.

    Contudo, nos bastidores, se comenta que outros artistas estão sendo pressionados a comparecer aos comícios do PT, com dois deles até sendo instruídos a reorganizar seus planos de viagem no último minuto para comparecer ou perder o financiamento.

    Será mesmo? Não, não é bem assim. Há muito tempo a esquerda construiu maioria nas universidades a partir de conceitos de ocupação de espaços culturais idealizados pelo italiano Antonio Gramsci (1891–1937). Segundo tais ideias, a disputa política não se vence apenas nas urnas ou pela força do Estado, mas pela hegemonia cultural — quando uma visão de mundo se torna dominante em escolas, universidades, sindicatos, igrejas e meios de comunicação. Instituições de ensino, sindicatos de professores, editoras de livros didáticos e associações estudantis foram progressivamente dominadas por intelectuais alinhados a correntes marxistas. Isso moldou os currículos e a produção de conhecimento, o que criou uma cultura universitária em que divergências eram vistas como indesejadas.

    Fernando Henrique Cardoso foi um cérebro operante por trás da implementação definitiva do comunismo no Brasil desde seus tempos como estudante e, posteriormente, como professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USPEntre 1966 e 1968, as ideias de Gramsci repercutiram no interior de um restrito circulo de intelectuais e professores universitários de ciências sociais, sobretudo na USP. FHC (sempre ele), por exemplo, através de um artigo publicado na revista Les temps modernes. FHC foi um dos primeiros intelectuais brasileiros a fazer menção ao conceito gramsciano de hegemonia.

    A partir dos anos 1990, as ideias conservadoras passaram a ser vistas como ameaças a um consenso ideológico. 

    A hegemonia gera um círculo vicioso. “Os professores de esquerda, que são maioria nas universidades, acabam contratando apenas professores de esquerda”, explica o cientista político Fernando Schüler. “São eles também que são promovidos, convidados para participar de seminários e publicar seus trabalhos. Um amigo que leciona na USP costuma dizer que o professor de direita almoça sozinho no restaurante da universidade. Ninguém senta com ele”.


Leia também o artigo "Professor doutrinador", acessível neste link.

Totalmente sem nexo

 


    O Estadão, sempre aos sábados, permite que sua editorialista deste dia vomite parte da podridão que acumula ao longo da semana. Tem sido assim sistematicamente. Não foi diferente neste 20 de setembro como ilustra a imagem a seguir.



    Como se conclui do próprio título da matéria - Dos males, o menor - a editorialista se posiciona de forma categórica contra a pacificação política no Brasil. Junta-se assim, aos caciques retrógados que nas entrevistas sem nexo só criam crises desnecessárias para quem quer um País novo e diferente.

    Tais entrevistas estiveram nas manchetes das redes sociais durante toda esta semana, algumas delas ilustradas com as imagens abaixo.













14 setembro 2025

A Porta Que Se Fecha

    Aos domingos, como de hábito, Roberto Motta nos premia com bons artigos. O deste domingo está ótimo. Ao estilo Motta, com muita clareza, ele nos revela a sua análise sobre o que ocorreu durante o julgamento de Jair Bolsonaro pela primeira turma do STF, como se sabe, composta por cinco membros. Antecipadamente o seu resultado já era do conhecimento de todos os brasileiros. Mas, com certeza, poucos imaginavam os fatos extrajudiciais que ocorreram durante o julgamento tendo como atores os próprios julgadores, tudo ao vivo, como se pôde testemunhar. Como juízes, ministros ou algo parecido não dá mais para designá-los depois do ocorrido. Salvou-se apenas o Fux com a sua magistral aula de direito.

Boa leitura.

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A Porta Que Se Fecha 

O veredito menos surpreendente da história acaba de ser anunciado: Jair Bolsonaro foi condenado.


O veredito menos surpreendente da história brasileira acaba de ser anunciado: o ex-presidente Jair Bolsonaro e vários outros réus foram condenados por crimes que incluem “tentativa de abolição do estado democrático de direito” e “golpe de estado”. 


Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado, Walter Braga Netto a 26 anos de prisão, Anderson Torres a 24 anos e perda de cargo na Polícia Federal, Almir Garnier Santos a 24 anos, Augusto Heleno a 21 anos, Paulo Sérgio Nogueira a 19 anos, Mauro Cid a 2 anos em regime aberto e Alexandre Ramagem a 16 anos de prisão, perda de mandato de deputado federal e perda do cargo na Polícia Federal. Todos ficarão inelegíveis por 8 anos após o cumprimento das sentenças e, além de multas individuais, terão que pagar uma multa “solidária” de R$ 30 milhões.


Ao debater o valor da multa, um dos ministros comentou em tom mordaz que o réu Jair Bolsonaro teria “boa situação financeira”, lembrando de doações via Pix que teriam sido recebidas por ele. Apesar da gravidade da decisão e de suas consequências, o bom-humor predominou enquanto os ministros pronunciavam suas sugestões para o tempo em que o ex-presidente deveria ficar na cadeia.


Se não houve surpresa alguma com esse resultado, certamente houve choque; o choque de ver confirmada uma previsão que, apesar de já ser considerada certa, ainda assim não perdeu o poder de espantar.


A surpresa já tinha vindo um dia antes, no voto do ministro Luiz Fux.


No início da semana, no programa Os Pingos nos Is, eu disse que não esperava nenhuma novidade no julgamento. Errei. O voto do Ministro Fux não foi apenas desconcertante e divergente; na opinião de muitos juristas ele foi demolidor. É um voto a ser estudado em salas de aula de Direito no Brasil do futuro – um país que, por algum milagre, tenha se reencontrado com a legalidade.


Um milagre será necessário porque o voto do Ministro Fux apontou três nulidades – três fatores que, na sua opinião, tornariam o processo nulo. Em primeiro lugar, a corte não teria competência para julgar o caso, já que os réus deste processo não têm foro privilegiado - eles deixaram seus cargos no governo antes que fosse modificado o entendimento da corte sobre a manutenção do foro. Os réus deveriam ser julgados por um juiz de primeiro grau, disse o ministro Fux.


Em segundo lugar, disse o ministro, mesmo que, de alguma forma, fosse reconhecida a competência da corte, o caso não deveria ser julgado pela turma, e sim pelo plenário, lugar onde foram realizados todos os grandes julgamentos. Por último, afirma o ministro, ficou comprovado que houve cerceamento de defesa. Para o ministro Luiz Fux, trata-se de nulidades insanáveis.


Em seu extenso voto (a leitura durou treze horas) o magistrado fez um exame detalhado dos autos, provas e alegações. Ele considerou cada uma das acusações, submeteu as provas apresentadas a testes temporais e de lógica, e comparou as condutas dos réus com aquelas definidas na lei como crimes. Ao final desse processo, o ministro votou pela absolvição do ex-presidente Bolsonaro. Segundo ele, os fatos narrados pela Procuradoria Geral da República não correspondem ao crime de golpe de Estado. Para o ministro, também não é possível dizer que os crimes praticados nos atos de 8 de janeiro de 2023 decorrem de discursos e entrevistas do ex-presidente. Ele lembrou que “a lei não permite que se considere uma pessoa responsável por crimes cometidos por outros que foram influenciados por suas palavras”. E deu um claro exemplo: a culpa pelo atentado sofrido por Jair Bolsonaro em 2018 não pode ser imputada a opositores políticos que usaram retórica violenta contra o então candidato.


É o óbvio.


Em homenagem ao jurista Evaristo de Moraes, o ministro Fux lembrou que “um crime só existe quando a conduta se encaixa na lei penal como uma luva se encaixa na mão”. Além de Bolsonaro, o ministro pediu a absolvição de todos os outros réus, à exceção de Mauro Cid e Braga Neto.


Um dos trechos mais impactantes do voto de Fux fala sobre a imparcialidade do juiz. Ele disse: 


“O juiz deve acompanhar a ação penal com distanciamento, não apenas por não dispor de competência investigativa como também por seu necessário dever de imparcialidade”. 


Fux afirmou ainda que não compete ao tribunal realizar juízo político, e que sua missão exige objetividade, rigor técnico e “minimalismo interpretativo”.


O voto do ministro Luiz Fux produziu um alívio momentâneo em milhões de brasileiros. No dia seguinte vieram as condenações. Retornando de uma viagem a São Paulo, eu atravessava o saguão do Aeroporto de Congonhas quando um rapaz humilde me parou, os olhos cheios d’água. Ele disse: “me sinto como se o condenado fosse eu”.


Não é o único.


Há quem diga que o voto do ministro Fux, além de firmar sua posição como um defensor do Direito, abriu uma porta para que o tribunal saísse da confusão em que havia se metido.


Um dia depois o tribunal fechou a porta com estrondo.