16 janeiro 2016

FUNDO PARTIDÁRIO - RECURSOS GARANTIDOS PARA SE MANTER NO PODER

Com a decisão do STF de acabar com o financiamento privado de campanha, os partidos políticos, ajudados pela presidente Dilma Rousseff, triplicaram (em 2014 o valor foi de R$ 289 milhões) os recursos para o fundo partidário, oriundos, como se sabe, do tesouro, ou seja, do nosso bolso.

Ainda em 2015, esses recursos saltaram para R$ 811,28 milhões e, para 2016, a presidente contemplou o fundo partidário com R$ 819 milhões. Com o impeachment e a lava jato batendo à sua porta, nem piscou, e manteve o agrado aos partidos.

Além disso, como 2016 é um ano eleitoral, se repetirá uma vergonhosa negociação financeira, e/ou por vantagens futuras no governo, pelo uso do tempo de rádio e TV celebrada entre siglas/coligações partidárias de aluguel, que custará aos cofres públicos aproximadamente R$ 580 milhões.

Enquanto isso, mesmo com mais de 9 milhões de desempregados, os brasileiros já pagaram, só em 2016, mais de R$ 100 bilhões em impostos. É trágica a situação em que nos encontramos.

E a presidente acha pouco. Durante o seu "café com mentiras" com jornalistas, esta semana, a presidente voltou a defender o retorno da CPMF e nem sequer se desculpou de ter mentido durante a campanha eleitoral de 2014, quando se manifestou em sentido inverso.

Como lembra a escritora Aninha Franco em seu artigo de hoje, "Dilma Roussef quando sancionou o Orçamento de 2016 com cortes nas áreas da Educação e Saúde, diminuições no Bolsa Família, créditos de uma CPMF que não existe, e bilhões destinados à publicidade do governo e ao Fundo Partidário, a bolsa dos 36 partidos, muitos deles quadrilhas organizadas. A presidente assina esse Orçamento e deve ir aos microfones dizer que é honesta. Ora, nos poupe pelo menos disso, Excelência! Nós sabemos como se comportam os honestos".

O Brasil precisa urgentemente inaugurar a quinta República, reconstruir suas instituições para que sejam capazes e compromissadas com a sociedade e não com uma meia dúzia de falsos líderes que tomaram e querem se perpetuar no poder.

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