19 abril 2016

APAGÃO DIGITAL: MAIS UM ESTELIONATO ELEITORAL

Diferentemente de outros países, o Brasil acorda (ou anoitece) tomando conhecimento de ações do governo que o deixam mais distante do mundo desenvolvido, dos países que agem, de forma permanente, para oferecer qualidade de vida sempre melhor aos seus cidadãos.

Além do declínio dos serviços públicos obrigatórios ao Estado, educação, saúde e segurança, ontem fomos dormir com a noticia de que o serviço fixo de banda larga, que já é oferecido com baixa qualidade -   com uma taxa média de transmissão de dados na rede de apenas 2,7 Mbps, o Brasil ocupa a 83a. posição no ranking de nações na web e a 78a. entre as nações que mais avançam - deixará de ser oferecido com tráfego ilimitado, segundo noticiaram os principais veículos de comunicação, como este aqui.

A internet chegou ao Brasil, de forma aberta, em 1995. Apesar de seu avanço, ao longo desses anos, os dados mencionados acima nos indicam que ainda estamos distantes de um serviço de boa qualidade. Para piorar, nos chegou esse anuncio da ANATEL.

Pois bem, ao contrário do anunciado pela ANATEL, o Brasil precisa construir uma nova política de Estado para proporcionar ao País a ampliação da velocidade da internet para que todos os cidadãos possam utilizar, sem restrições, toda a potencialidade existente nas aplicações desenvolvidas para a rede.

Hoje, a qualidade de vida da sociedade, sob qualquer ângulo que se queira examinar, inclusive a oferta de serviços públicos, depende fortemente da disponibilidade dessa tecnologia.

Aliás, pegando o gancho no momento político atual, relembramos que a promessa de banda larga em todo o País é muito antiga. Ela surgiu no primeiro governo do Presidente Lula. Infelizmente, sempre voltamos a ouví-la a cada quatro anos, por ocasião das campanhas eleitorais.

Com a presidente Dilma Rousseff não foi diferente. Ela relançou a promessa: "melhorar e ampliar o acesso da população ao serviço de banda larga para uso da internet".

Ao que parece, estamos diante de mais um estelionato eleitoral.

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