21 dezembro 2021

DEMOCRACIA NA AMÉRICA DO SUL - A ESQUERDA NA CONTRAMÃO

O candidato Gabriel Boric foi o vencedor da eleição presidencial do Chile realizada neste domingo (19).

Boric se define como ambientalista, feminista e regionalista. Ele será o presidente chileno mais à esquerda desde Salvador Allende, morto por suicídio em 1973.

"Se o Chile foi o auge do neoliberalismo na América Latina, também será seu cemitério", disse Boric, ainda durante a campanha pela coalizão de esquerda "Aprovo Dignidade", formada pelos partidos Frente Ampla e Comunista.

Crítico ferrenho do modelo neoliberal instalado por Augusto Pinochet, o candidato de esquerda pretende construir no país um Estado de bem-estar similar ao de outros países latino-americanos, governados pelos partidos de esquerda. Boric falou que sonha para o Chile uma fusão de um país entre Cuba e Venezuela.

Pátria Grande

Boric passou a representar mais um governo esquerdista na América do Sul, reforçando a meta de fazer do continente o que chamam de "Pátria Grande", maior bandeira socialista preconizada pelo Foro de São Paulo, criado em 1990, iniciativa que Lula desenvolveu junto com Fidel Castro, com a finalidade de dar sobrevida ao comunismo na América Latina, depois da queda do Muro de Berlim, deixando óbvio, portanto, que aqueles que se dizem democratas não o são.

No Brasil, por exemplo, ao longo dos seus dois mandatos, Lula foi um colega camarada do ditador da Venezuela, Hugo Chávez. Até chegou a declarar que “havia muita democracia na Venezuela”. 

E estabeleceu relações de camaradagem com o casal Kirchner da Argentina, com o líder cocalero que virou presidente da Bolívia, Evo Morales, com o presidente e ex-guerrilheiro tupamaro Pepe Mujica do Uruguai, com o presidente Rafael Correa do Equador e com o bispo e presidente Lugo, do Paraguai. Longe de condenar as FARC como terroristas, foi simpático a elas, junto com Fidel Castro.

Fora do contexto latino-americano, Lula cultivou relações amigáveis com o regime dos Aiatolás do Irã, com o populista presidente turco Erdogan, com o presidente francês Sarkozy e com o ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasongo.

Nova Ordem Social Mundial

“O objetivo do socialismo não é apenas acabar com a divisão da humanidade em pequenos Estados e com o isolamento das nações sob todas as formas, não é apenas unir as nações, mas integrá-las.” (V. I. Lenin, A Revolução Socialista e o Direito das Nações à Autodeterminação, 1914).

“A transição para a Nova Ordem Social Mundial requer a integração das novas nações cativas em governos regionais.” (F. Petrenko e V. Popov, Política Externa Soviética: Objetivos e Princípios, 1985).


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