03 janeiro 2023

A TRAIÇÃO DAS FFAA

Com a subida da rampa do Palácio do Planalto pelo ex-presidiário, ouviu-se muitos choros e desabafos, tendas e barracas em frentes aos quartéis sendo desmontadas e o esvaziamento das manifestações que estavam ocorrendo em favor do pleno restabelecimento da democracia no País. Tudo verdade inclusive a de se acusar - nas FFAA - a ocorrência de traições, e destas, principalmente, as de seus dirigentes máximos, incluindo o vice-presidente da República.

Gente, no âmbito interno, no interior das FFAA, nunca houve um ambiente de unicidade. Os discursos de união que fazem ao público nem sempre refletem a verdade. Sempre foi assim ao longa de nossa história.

As FFAA não são diferentes de outros segmentos da sociedade. Os componentes de todos eles se chama gente. E diariamente já dizemos, "nesse mundo tem gente pra tudo".

"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros."  George Orwell

As FFAA não são excessão. Nelas, aqui no Brasil e, também, no resto do mundo, já existiram, existem e irão existir crises internas e traidores. Temos muitos exemplos ao longo de toda história do mundo, desde os tempos a.C.

Tiradentes (pintura)
No Brasil, em particular, lembro-me das ocorridas e registradas em livros de história, desde o seu descobrimento, a começar pela que resultou no enforcamento de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira.

Pouca gente sabe, mas a independência do Brasil não foi uma iniciativa de D. Pedro I. A decisão que tomou no 7 de setembro de 1822, veio ordenada de fora, de outros países que já disputavam territórios e riquezas na Europa, Ásia, África, Oriente Médio, enfim, em todos os continentes. De novo, os livros de história registram traições e, novamente, tanto no meio civil como nos quartéis.

Outro caso importante, foi a crise que derrubou o Império e a respectiva implantação do Regime Republicano no Brasil, e que foi decorrente das diferenças existentes no meio civil e no interior dos quartéis, incluindo a constatação de quantidade significativa de traições. Ah, quase na véspera (9/11) da monarquia ser derrubada, um registro histórico. Toda a elite, incluindo conspiradores, se confraternizou no famoso  "Baile da Ilha Fiscal".

De lá para cá, muitas outras crises ocorreram envolvendo militares e civis (não necessariamente entre militares e civis). Mais de uma dezena. Lembro-me, de algumas delas onde as traições entre os camaradas, incluindo civis, sempre se fizeram presentes. 

Por exemplo, Deodoro x Floriano¹, que derrubou o primeiro, depois 1922, 1930, 1932, 1935, 1937, 1945/46, 1954, 1955/56, 1961, 1964, 1968, 1975/76, 1984/85, 1992, ... 

Agora não foi diferente. As razões para essas ocorrências sempre foram dinheiro e poder. Mudaram apenas os formatos, os meios utilizados, os discursos ...

Portanto, iremos sempre conviver com traições. Devemos sempre contar com elas e estarmos preparados para refutá-las e repudiá-las  mas, principalmente, para continuarmos perseguindo e conquistando o nosso objetivo maior: liberdade e democracia.

Não será uma luta fácil. No mundo atual, teremos que enfrentar a solidez do grupo denominado de progressista, denominação esta adotada em substituição a outras mais antigas, cujo objetivo é o da implantação de uma Nova Ordem Mundial (NOM)², suportada por megacapitalistas e narcotraficantes, com operadores atuantes em todos os continentes, através de grandes empresas, de organizações, como ONGs, de governos e de partidos políticos ou não. 

Por razões estratégicas, o Brasil é um dos países mais cobiçados dessa turma. Não foi à toa que há praticamente um ano (31/01/2022) fundou-se nos EUA a ONG  "Washington Brazil Office e, anteriormente, o Foro de São Paulo.


(1) Deodoro da Fonseca não tinha uma base sólida para sua sustentação no cargo. Foi quando decidiu fechar o Congresso, em 3 de novembro de 1891. Vinte dias depois, pressionado pela Revolta da Armada, Deodoro  renunciou, assumindo, em seu lugar, Floriano Peixoto.

(2) NOM - "Nova Ordem Mundial é um conjunto de iniciativas que visa a criação de uma nova sociedade planejada para permitir e sustentar um governo mundial totalitário, com ramificações de maneira a controlar todos os aspectos relevantes do cotidiano, acimadas instituições e dos políticos tradicionais.


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