13 janeiro 2024

8 de janeiro, o mais recente "dia santo" do calendário brasileiro

O (des)governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e o seu sistema de apoio resolveram que o dia 8 de janeiro de 2023 não acabou e, no que depender deles, não vai acabar nunca. Acabaram de fazer uma comemoração oficial da data; é o mais recente dia santo do calendário brasileiro.

Segundo a revista Oeste, "utilizaram a oportunidade para insistir, como vêm fazendo há um ano, que a balbúrdia ocorrida naquele dia em Brasília foi uma “tentativa de golpe de Estado”. É uma alucinação. 

Um ano inteiro de investigações sobre o caso, no STF e na grande delegacia de polícia em que se transformou o serviço público no Brasil, não conseguiu produzir uma única prova de golpe, ou de qualquer coisa remotamente parecida com um golpe. 

Mas não é só isso — mais uma invenção como as obras do PAC, a nova posição de “líder mundial” atribuída ao presidente Lula e a picanha. O “8 de janeiro” perpétuo tem um propósito muito mais destrutivo:  

impedir que o Brasil volte a ter um ambiente de paz política, de convívio entre ideias diferentes e de liberdade real para escolher os governantes pelo voto de todos os cidadãos".

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A quem interessa perpetuar a narrativa de que, em 8 de janeiro de 2023, houve uma tentativa de golpe de Estado no país?

Vamos começar vendo este vídeo que a mídia comunista militante nunca quis mostrar. São bastante elucidativas as diferenças entre os propósitos dos lulistas e os bolsonaristas que compareceram à Praça dos Três Poderes em 08/01/2023.



A tese de golpe não chega a ser uma novidade dentro do PT. Foi amplamente explorada durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. A então senadora Fátima Bezerra (PT-RN), hoje governadora do Rio Grande do Norte, repetia em todos os seus discursos, de forma constrangedora: “É ‘gopi’”. Tanto naquela época quanto agora, essa teoria é usada como cortina de fumaça em um momento bastante oportuno para o governo de plantão.

Lula apresenta-se, ao lado do PT, como “guardião da democracia”, ao mesmo tempo em que trabalha para impor um discurso único, exterminando o contraditório. Nós, “os bons”, contra eles, “os maus”. Um roteiro digno das distopias de George Orwell.

O controle das mídias sociais, a propósito, passou a ser a grande obsessão do governo federal. Com o apoio de parte da mídia e de integrantes do Judiciário, entendeu que precisa calar aqueles que pensam de forma diferente para impor sua narrativa. 

“Nossa democracia estará sob constante ameaça enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, declarou Lula em solenidade alusiva aos atos de 8 de janeiro. “É o momento de olharmos para o futuro e reafirmarmos a urgente necessidade de neutralização de um dos grandes perigos modernos da democracia: a instrumentalização das redes sociais pelo novo populismo digital extremista”, endossou o ministro do STF Alexandre de Moraes no mesmo evento. 

O mesmo Lula que estimula o ódio contra seus oponentes é o que foi alçado ao poder ao lado de nomes como Dilma Rousseff, José Genoino e José Dirceu, que no passado (o comunismo no Brasil) tiveram envolvimento com movimentos armados (diferentemente da maioria dos que estiveram nos protestos em 8 de janeiro de 2023).

Ex-integrantes de organizações que no passado se envolveram em atos considerados terroristas foram beneficiados pela reconciliação do país, que se deu com o projeto de anistia e redemocratização

Infelizmente, Lula não tem estatura para reconhecer isso. Demonstra não saber exatamente o que é a democracia. 

Um comentário:

  1. Não se sustenta a falácia de golpe. Centenas de pessoas. Mais de uma mil pessoas presas. E nenhuma arma apreendida. Como? Mas como um golpe seria perpretado com mais de mil pessoas presas e nenhuma arma com elas? Meu Deus, alucinação.

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