Passamos 2023 com novos governantes e novos parlamentares constatando como o Estado, com seus agentes, eleitos ou não, vai se distanciando de seu povo e agindo como se ele, Estado, é que fosse o senhor.
A passividade da nação contribui para isso, inclusive por falta de saber como deve funcionar a democracia. Um dos instrumentos para a correção do que hoje ocorre no Brasil é o que nos EUA se denomina de Recall, que dá o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer representante político, pelo eleitorado; é chamar de volta para "reavaliação" popular um mandatário improbo, incompetente ou inoperante.
A maior parte das manifestações foi legal, mas houve momentos violentos na praça dos Três Poderes. O papel dos “black blocks” e demais extremistas dos partidos de esquerda infiltrados entre os depredadores permanece indecifrado.
Esperava-se da CPMI do Congresso que conseguisse apontar a verdade, mas o que se viu foi um espetáculo de manipulações cujo relatório final arrolou criminosos de um lado só. Portanto, a narrativa que o “Sistema” pretende consagrar tem seus compromissos com os interesses dominantes, menos com a verdade.
O momento político do nosso país suscita o alerta de Baruch Spinoza (Holanda, 1632-1677), artesão e filósofo:
“O objetivo supremo do Estado não é dominar os homens, nem contê-los pelo medo; é, isso sim, livrar do medo, permitindo-lhes viver e agir em plena segurança e sem prejuízo para si ou seu vizinho. (...) Assim, o objetivo do Estado é a liberdade”.
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