03 julho 2024

IA para o mercado financeiro

O funcionamento do sistema bancário brasileiro sempre esteve na vanguarda de seus similares no mundo. Foi e continua sendo assim desde os tempos do Visconde de Mauá, o empresário do Império, quando criou o primeiro banco a operar em grande escala no Brasil.

Segundo o paper, coproduzido pelo MIT Sloan Management Review Brasil CI&T, no Brasil, atualmente, 96% dos bancos possuem tecnologias de IA e 54% de IA generativa, de acordo com a 1a etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte.

Nesse cenário, várias instituições financeiras estão em fase de exploração e testes das soluções, outras já rodam seus projetos, mas todas estão dedicadas ao aprendizado dessa tecnologia.

Na vanguarda da digitalização, os bancos brasileiros dobraram seus investimentos em tecnologia nos últimos anos, passando de R$ 19,1 bilhões, em 2015, para R$ 39 bilhões em 2023, alta de 104%. Em 2024, o orçamento destinado à tecnologia deverá atingir R$ 47,4 bilhões, segundo a Febraban.

Como resultado desses investimentos, hoje, 96% dos bancos possuem tecnologias de IA e 54% de IA generativa, soluções com potencial para impulsionar a experiência do cliente, a inovação, a produtividade e a eficiência. As aplicações de IA já utilizadas pelos bancos envolvem biometria facial (75%), chatbot (71%), RPA (67%), inteligência cognitiva (25%) e robô advisor (21%), de acordo com o levantamento da Febraban.

A pesquisa da Febraban indicou que, para os bancos que já implementaram a IA, a eficiência dos processos bancários se elevou a uma taxa média de 11%. 

Na prática, a IA já está incorporada nas operações de score de crédito, investimentos, algoritmos de previsão, marketing e análise de comportamento para aprimorar a recomendação de produtos.

Já em relação à IA generativa, a atenção está com foco em eficiência interna, checagem e gestão de informações em documentos. No call center, a GenAI é utilizada principalmente no atendimento receptivo, ajudando com o script e diminuindo o TMA [tempo médio de atendimento] dos atendentes”, afirma Leandro Duran, head de estratégia digital da CI&T.

"O setor financeiro está na vanguarda da adoção da IA, com os bancos já utilizando a tecnologia para melhorar a experiência do cliente e a eficiência. No entanto, ainda existem desafios relacionados à maturidade nos processos, investimento financeiro, capacitação de pessoal e integração com sistemas legados. Portanto, o setor financeiro está em um estágio avançado de maturidade na aplicação da IA liderando essa adoção, mas com espaço para evoluir em governança, segurança e integração da tecnologia”, avalia Kenneth Corrêa, professor da FGV Educação Executiva.

Até 2026, mais de 80% dos ban- cos terão adotado GenAI, acima dos níveis atuais de 5%, segundo estimativa do Gartner.

No futuro, a IA deve se tornar ainda mais presente e estratégica no mercado financeiro, contribuindo para a competitividade e a inclusão financeira. 

“Podemos esperar avanços na automatização de processos complexos, como a interpretação e a geração de documentos financeiros, e na personalização do atendimento ao cliente", afirmou Kenneth Corrêa.


Ganham os banqueiros, ganham os investidores, ganham os pequenos usuários do sistema financeiro. Não há dúvida de que vivemos um momento em que a inteligência artificial é a melhor amiga de todos.

Não há dúvida também, de que estamos no melhor momento para se aprender. A tecnologia se tornará cada vez mais intuitiva e eficaz para controlar melhor os ativos financeiros e tomar decisões mais fundamentadas. 

Bem-vindos à nova era dos investimentos financeiros !



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário